Endividamento da economia fecha 2019 em 721 mil milhões
O endividamento do setor não financeiro recuou em 3,7 mil milhões de euros em dezembro de 2019, para perto de 721 mil milhões em dezembro de 2019. É o registo mais baixo de todo o ano passado.
O endividamento do setor não financeiro em dezembro de 2019 desceu para cerca de 721 mil milhões de euros, menos 3,7 mil milhões de euros do que no mês anterior. Trata-se do registo mais baixo de todo o ano de 2019. A informação está na mais recente atualização ao Boletim Estatístico do Banco de Portugal, que foi publicada esta quinta-feira.
Esta queda acontece um mês depois de o endividamento do conjunto dos agentes económicos junto da banca ter subido ligeiramente, de 724,1 mil milhões em outubro para 724,1 mil milhões em novembro. Assim, o indicador continua a afastar-se da fasquia de referência dos 725 mil milhões, que chegou a ser ultrapassada várias vezes no ano passado, tendo mesmo atingido um pico de 730 mil milhões em maio.
Evolução do endividamento da economia em 2019
Fonte: Banco de Portugal
“No final de 2019, o endividamento do setor não financeiro situava-se em 721 mil milhões de euros, dos quais 317,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 403,6 mil milhões de euros ao setor privado”, detalha o Banco de Portugal.
Porém, apesar da queda em cadeia, o endividamento da economia em dezembro era 3,1 mil milhões de euros superior ao registado no mesmo mês de 2018, estando a subir há pelo menos 12 anos, de acordo com o histórico existente no Banco de Portugal. Segundo o banco central português, “este aumento [face a 2018] resultou do acréscimo de 2,4 mil milhões de euros no endividamento do setor público e do aumento de 800 milhões de euros no endividamento do setor privado”.
“A subida do endividamento do setor público refletiu-se no aumento do financiamento concedido pelo exterior e pelas próprias administrações públicas. Este aumento foi parcialmente compensado pela diminuição do financiamento concedido pelo setor financeiro”, acrescenta a entidade liderada pelo governador Carlos Costa.
Por fim, o Banco de Portugal destaca que, no setor privado, registou-se um aumento do endividamento dos particulares em 900 milhões de euros, “destacando-se o financiamento obtido junto do setor financeiro”, de 700 milhões de euros. Já a dívida das empresas privadas recuou em 100 milhões de euros.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h36)
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