Funcionários públicos voltam a fazer greve. Param a 20 de março

Os funcionários públicos vão fazer greve a 20 de março face aos "ofensivos" aumentos salariais propostos pelo Governo.

A Frente Comum convocou, esta sexta-feira, uma greve nacional para 20 de março, em resposta aos aumentos salariais anunciados pelo Executivo de António Costa para os trabalhadores do Estado. Em causa está uma subida de dez euros para as remunerações mais baixas e de 0,3% para as demais. O sindicato liderado por Ana Avoila defende um reforço de 90 euros para todos os funcionários públicos.

Em dezembro, o Ministério de Alexandra Leitão propôs aumentar em 0,3% todos os salários da Função Pública, frisando que com essa subida o Governo estava a ir “até onde podia ir”.

Os sindicatos criticaram de imediato essa proposta, considerando-a “ofensiva”, “vexatória” e “inaceitável”. Em reação, as três estruturas que representam os trabalhadores do Estado avançaram para greves e manifestações a 31 de janeiro.

Entretanto, o Governo voltou a chamar os sindicatos para anunciar aumentos acima dos tais 0,3%, mas este reforço (que será de dez euros) só irá beneficiar os salários até 683,13 euros mensais, o que é contestado pelos trabalhadores.

Face à posição do Executivo, a Frente Comum já tinha garantido que iria avançar com uma nova ação nacional não inferior em força à referida manifestação de 31 de janeiro. Esta sexta-feira, o sindicato concretizou essa promessa, tendo marcado uma greve nacional para 20 de março. O protesto foi aprovado em plenário nacional de dirigentes e delegados sindicais.

“[A paralisação] é contra os os aumentos salariais que o Governo que impor aos trabalhadores da Administração Pública. Nós tivemos uma grande ação no dia 31. Não vamos desistir das nossas reivindicações. Achamos que o Governo tem de ponderar novamente esta questão e, por isso, vamos continuar a lutar”, frisou Ana Avoila, em declarações transmitidas pela RTP 3.

Também a Federação de Sindicatos da Função Pública (FESAP) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) estão a avaliar avançar com novas ações de luta, mas nenhuma dessas estruturas anunciou ainda que formas de protesto adotarão. Em comunicado, a FESAP indicou que irá anunciar as ações de luta a 3 de março, isto é, na próxima terça-feira.

(Notícia atualizada às 15h22)

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