Lucro da Corticeira cai para 75 milhões em 2019. Quer distribuir dividendo de 18,5 cêntimos

O resultado líquido da Corticeira Amorim baixou 3,2%, face ao período homólogo, para 74,947 milhões de euros. Neste quadro, a empresa quer distribuir um dividendo bruto de 18,5 cêntimos por ação.

A Corticeira fechou o ano passado com menos lucros. O seu resultado líquido totalizou 74,947 milhões de euros, uma redução de 3,2% face a 2018, apesar da subida das vendas. A empresa quer distribuir um dividendo bruto de 18,5 cêntimos por ação, em linha com os anos anteriores.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, esta segunda-feira, a empresa liderada por António Rios Amorim reporta que os seus lucros passaram de 77,389 milhões de euros, em 2018, para 74,947 milhões de euros no ano passado.

Trata-se de uma quebra de 3,2%, que ocorre apesar de a Corticeira ter reportado um crescimento das suas vendas. Estas ascenderam a 781 milhões de euros, em 2019, 2,4% acima dos 763 milhões registados no ano anterior.

Todas as unidades de negócio (UN) registaram crescimento de vendas, com exceção da UN Revestimentos. A nível operacional, a Corticeira destaca a “expansão de 4,7% nas vendas da UN Rolhas, que contribuíram para 70,3% das vendas consolidadas no ano de 2019”.

Apesar disso, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa baixou 6,9%, passando de quase 134 milhões de euros, em 2018, para 124,7 milhões no ano passado. A Corticeira explica que a quebra do EBITDA resultou, em grande medida, do “impacto do aumento do preço de consumo da cortiça, o crescimento dos custos operacionais e o desempenho desfavorável da UN Revestimentos“.

“A implementação de aumentos dos preços de venda e ganhos de eficiência operacional nas várias unidades de negócio atenuaram esses efeitos negativos”, explica ainda a empresa comandada por António Rios Amorim.

Tendo em conta o resultado conseguido em 2019, a Corticeira diz que pretende manter o dividendo bruto por ação a distribuir pelos acionistas nos 18,5 cêntimos, remetendo uma decisão sobre esta matéria para a assembleia-geral de acionistas que se realiza a 20 de abril.

Corticeira alerta para efeitos do coronavírus

No comunicado em que divulga o balanço das suas contas relativas a 2019, a Corticeira alerta ainda para possíveis impactos que possa sofrer em resultado da epidemia do novo coronavírus. Começa por lembrar que é “uma empresa internacional (mais de 90% das vendas fora de Portugal) e, como tal, exposta à economia global, em particular ao consumo privado”.

Neste sentido, antecipa que se a propagação do surto Covid-19 afetar significativamente o consumo, “poderá impactar os clientes e, consequentemente, a cadeia de valor, e por isso, poderá ter um efeito na atividade desenvolvida”. Mas diz também ser “difícil avaliar a dimensão dos seus impactos diretos e indiretos e, como tal, estimar, à data de hoje, o seu valor“.

(Notícia atualizada às 17h28)

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