Petróleo sobe 5% mas vai a caminho da pior semana desde 2008
Cotação do barril de ouro negro sobe 5% esta sexta-feira, mas o desempenho não apaga a semana caótica no mercado. Petróleo prepara-se para a pior semana em mais de uma década.
O barril de petróleo está a valorizar 5% esta sexta-feira, mas o desempenho não apaga a semana caótica no mercado do ouro negro. A matéria-prima acumula uma desvalorização 20% desde a passada segunda-feira e prepara-se para o pior registo semanal desde 2008, na sequência da guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia anunciada no domingo.
O Brent, que serve de referência para as importações nacionais, valoriza 5,60% para 35,08 dólares esta manhã. Recupera parte das quedas registadas durante a semana e que vão já nos 22,73% desde segunda. Em Nova Iorque, a tendência é a mesma no contrato de Crude: valorização de 4,89% na sessão do dia, cotando nos 33,04 dólares, mas que só compensa muito parcialmente as descidas desde o início da semana: -19,99%.
“Tem sido uma semana muito difícil e não é impossível que as pessoas continuem fechadas durante o fim de semana”, referiu Michael McCarthy, da CMC Markets, à Reuters. “Também notaria que no contexto das recentes movimentações, não se trata de uma grande subida”, acrescentou o responsável, frisando que os “volumes são terríveis” e estão muito abaixo da média diária.
Barril sobe, mas não apaga perdas da semana
Com o surto do coronavírus, a atividade económica abrandou significativamente: voos foram cancelados e proibidos, eventos estão a ser suspensos ou adiados, as empresas também reduziram a sua atividade, tudo fatores que condicionam a procura por petróleo.
Por outro, às restrições no lado da procura soma-se uma aumento significativo da oferta, depois de a Arábia Saudita, o maior exportador mundial, e os Emirados Árabes Unidos terem anunciado aumentos da produção, inundando o mercado com mais barris do que consegue absorver. Esta reação surge depois de a OPEP ter falhado um acordo com a Rússia para travar a produção.
(Notícia atualizada às 10h55)
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