Galp pressiona Lisboa, BCP e BPI inalterados
Numa das semanas mais importantes para o mercado do petróleo, a Galp é a cotada sob maior pressão na praça nacional. Já BCP e BPI seguiam pouco alterados depois de uma semana agitada.
O PSI-20, o principal índice português, abriu a sessão a perder 0,52% até aos 4.552,57 pontos, acompanhando a generalidade das praças mundiais, numa sessão em que os investidores europeus vão centrar atenções no índice de confiança dos empresários alemães (Ifo) e naquilo que Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), terá a dizer na sua audição trimestral no Parlamento Europeu.
Por cá, 14 das 18 cotadas que compõem o índice benchmark seguiam a negociar em terreno negativo, com destaque para a Galp, cujas ações deslizavam cerca de 1,5%, com a evolução a ser condicionada pela instabilidade que o preço do barril de petróleo deverá registar no dia em que arranca em Argel, na Argélia, um encontro informal da OPEP para debater um congelamento da produção com vista ao aumento dos preços do ouro negro. De resto, o barril de ‘brent’, referência para as importações nacionais, valorizava 0,24% até aos 46 dólares, depois do preço do barril ter afundado quase 4% na última sessão.
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Outra nota relevante para a praça nacional vai para a banca, onde o BCP e o BPI seguiam sem grandes oscilações, depois de uma semana em que mereceram todo o protagonismo. Em relação ao BPI, a Oferta Pública de Aquisição (OPA) dos espanhóis do CaixaBank pôde finalmente seguir em frente com a aprovação da desblindagem dos estatutos no banco português. E o BCP atingiu um mínimo de sempre na sexta-feira depois de o Governo ter aprovado um regime que permite a entrada dos chineses da Fosun no capital do banco liderado por Nuno Amado.
“O mercado nacional deverá abrir sob alguma pressão vendedora, um padrão comum aos demais mercados europeus. O BCP deverá merecer as atenções dos investidores, após na sexta-feira ter atingido um mínimo histórico (1,42 cêntimos), antes de terminar nos 1,47 cêntimos”, referiram os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa. “O petróleo será um dos ativos mais monitorizados, no dia em que se inicia em Argel a conferência da Agência Internacional de Energia, que se prolongará até quarta-feira. Paralelamente, realiza-se uma reunião informal da OPEP, na qual deverá ser debatida a possibilidade de um congelamento da produção. A expetativa que esta proposta se possa materializar (em paralelo com a decisão da FED) deverá ser um dos impulsionadores da cotação do crude”, acrescentaram.
"O mercado nacional deverá abrir sob alguma pressão vendedora, um padrão comum aos demais mercados europeus.”
Lá por fora, o CAC-40 de Paris perdia mais de 1%, enquanto o IBEX-35 de Madrid e o DAX-30 de Madrid cediam 0,9% e 0,7%, respetivamente.
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