Centeno elogia BCE. UE “explora vias” para intensificar resposta

O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, elogiou o programa de emergência que o Banco Central Europeu anunciou. São 750 mil milhões de euros para a compra de ativos públicos e privados.

Mário Centeno elogiou esta quinta-feira, a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de avançar com um programa de emergência para comprar ativos públicos e privados no valor de 750 mil milhões de euros. Além disso, sinalizou que a União Europeia está a “explorar vias” para intensificar a resposta coordenada ao novo coronavírus.

“Congratulo-me com a decisão importante anunciada pelo BCE na noite passada”, escreveu o presidente do Eurogrupo na sua conta oficial de Twitter, garantindo que a UE está à altura da ocasião na luta contra esta pandemia “com ação coordenada”. E avançou com um sinal de que poderá haver novidades em breve: “Os países estão a tomar decisões fortes e estamos a explorar vias para intensificar a resposta política conjunta na UE“.

Este sinal poderá estar relacionado com as apelidadas “coronabonds” (ou “eurobonds”, obrigações ao nível da Zona Euro com partilha de risco entre os países) que são admitidas pela primeira vez pelo Governo alemão. Segundo a Bloomberg, a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu ao seu ministro das Finanças, Olaf Scholz, para avaliar o tema, remetendo a discussão para o Eurogrupo.

Este comentário foi feito na “pele” de presidente do Eurogrupo, mas a medida também agradará ao ministro das Finanças de Portugal, cujo saldo orçamental é equilibrado mas está limitado pela elevada dívida pública. O programa do BCE deverá aliviar a pressão sobre os países europeus periféricos no mercado secundário das obrigações soberanas, além de ajudar também a baixar os custos de financiamento das empresas.

O programa anunciado pela presidente do BCE, Christine Lagarde — que disse que “tempos extraordinários requerem medidas extraordinárias”, assegurando que o compromisso do banco central com o euro “não tem limites” –, recebeu também o elogio de Emmanuel Macron. “Apoio total às medidas excecionais tomadas pelo BCE. Cabe agora a nós, Estados europeus, estarmos presentes com medidas orçamentais e uma maior solidariedade na zona do euro. Os nossos povos e as nossas economias precisam”, escreveu o Presidente francês na sua conta oficial do Twitter.

O elogio chegou também da Comissão Europeia. O vice-presidente para a economia, Valdis Dombrovskis, considera que este é um “contributo importante” para a resposta coletiva da UE. “A Comissão Europeia está preparada para fazer tudo o que for necessário para ajudar as nossas empresas e trabalhadores”, escreveu também no Twitter.

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