Juros sobem em Portugal com BCE ausente
São 11 contra 11 e no final ganha a Alemanha. Também nos mercados de dívida o sentimento era este. Os juros avançam nos vários governos da zona euro, menos na Alemanha.
Numa semana tradicionalmente marcada pela reduzida liquidez e sem a presença do Banco Central Europeu (BCE) no mercado obrigacionista, os juros da dívida portuguesa avançavam esta manhã de forma expressiva. Mas a tendência de subida não era exclusiva de Portugal, com outros países da periferia, como Espanha e a Itália, a registarem também agravamentos das taxas da dívida.
No caso de Portugal, a yield associada às obrigações a dez anos sobe mais de cinco pontos base para os 3,801%, um valor que compara com os 2,5% de há um ano. Os juros subiam na generalidade das maturidades mais longas. A taxa da dívida a cinco anos avança para 1,956%. Nos prazos mais curtos, três, seis e 12 meses, a tendência era de alívio.
Na zona euro, ao contrário de Espanha e Itália, que viam os juros a dez anos somar para 1,399% e 1,84%, respetivamente, na Alemanha, cujos ativos são considerados mais seguros pelos investidores, o comportamento era de queda em todos os prazos. A taxa da bund a dez anos cai para 0,202%.
No âmbito do programa de compra de ativos no setor público (PSPP), o BCE tem sido um dos grandes intervenientes nos mercados secundários de dívida este ano. Tem comprado dívida dos governos a um ritmo de 80 mil milhões de euros por mês, montante que vai baixar a partir de abril para os 60 mil milhões de euros mensais, à medida que os responsáveis do banco central ponderam uma retirada dos estímulos na região.
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