Vestuário, têxtil e calçado têm 66 empresas em lay-off. “É apenas uma amostra do setor”

Num universo de três mil empresas do têxtil, vestuário e calçado, 66 aderiram ao lay-off. Dirigente da Fesete diz que "este número é apenas uma amostra e que serão muitas mais".

66 empresas do setor do vestuário, têxtil e calçado já aderiram ao regime de lay-off, num universo de aproximadamente três mil. Em causa estão cerca de cinco mil postos de trabalho”, avançou ao ECO, Isabel Tavares, dirigente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal (Fesete).

“Os dados são atualizados ao momento. Isto é apenas uma amostra do setor e vão ser com certeza muitas mais. Nesta primeira quinzena de abril, existem muitas empresas de férias e nós não sabemos quais vão ser as medidas a implementar após o período de férias (…) muitas dessas empresas vão avançar para lay-off“, conta a dirigente sindical.

A acrescentar à lista de empresas que estão em período de férias, Isabel Tavares explica que existem muitas empresas de Ovar que ainda estão ao abrigo do cerco sanitário e “que ainda não tomaram qualquer tipo de medidas neste sentido”.

As únicas exceções dentro deste universo de cerca de três mil empresas, “são as que trabalham em equipamentos hospitalares que estão a laborar e em grande força”, evidencia a dirigente da Fesete.

A Ministra do Trabalho revelou esta semana que já mais de 33 mil empresas pediram para aderir ao lay-off simplificado. Para a dirigente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores, “o que estamos a verificar é um recurso exponencial ao lay-off“, refere Isabel Tavares.

Têxtil para setor automóvel mais penalizado

Em Portugal, os setores mais afetados com esta pandemia mundial são os “da área do vestuário em série e as empresas do ramo têxtil que trabalham para o setor automóvel”, conta a Isabel Tavares.

A empresa Coindu e a Tescap, que produzem têxteis para automóveis, as têxteis Trèves, André Amaral e Ert Têxtil são algumas das empresas do setor que recorreram ao lay-off. Só a Coindu, que produz têxteis para automóveis das marcas Porsche, Lamborghini e Mini, enviou mais de dois mil trabalhadores para casa.

De recordar que a maioria das fabricantes de automóveis tem estado encerrada devido à pandemia. A produção de veículos parou tanto na Europa como em Portugal.

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