Barkyn triplica receitas. Procura por comida de cão dispara durante o confinamento
O negócio da startup de comida canina está em velocidade de cruzeiro. CEO explica como a pandemia do Covid-19 está a ser uma oportunidade de negócio para a empresa.
André Jordão, CEO da Barkyn, está a gerir uma equipa de 40 pessoas em teletrabalho. O negócio vai de vento em popa e uma das preocupações do gestor é o bem-estar físico e emocional dos colaboradores tendo em conta esta “transição brusca”.
“Estamos especialmente preocupados com o bem-estar físico e emocional dos nossos colaboradores e estamos a tentar manter ou até melhorar a performance da equipa”, explica André Jordão, CEO da startup portuguesa de subscrição de comida canina.
A marca portuguesa, que em março vendeu cerca de 145 toneladas de comida para cães, está a oferecer benefícios aos colaboradores como o acesso gratuito a consultas de psicologia ou coaching emocional e profissional, o acesso a aplicações de exercícios a partir de casa, meditação, entre outras atividades.
Vendas da Barkyn triplicaram
Fundada em 2017 por André Jordão e Ricardo Macedo, a startup portuguesa, sediada no Porto, conquistou o mercado nacional e expandiu o negócio para Espanha, Itália e Alemanha. Para o gestor, o mercado de comida para animais é muito atrativo e está em crescimento. “O dinheiro que os donos gastam nos animais de estimação cresce de ano para ano”, nota André Jordão em entrevista ao ECO para os Gestores em teletrabalho.
O impacto do Covid-19 no negócio é positivo e pode ser encarado como uma grande oportunidade para nós.
O Covid-19 está a provocar paralisação em muitos setores, mas a Barkyn é uma exceção à regra. Nos três primeiros meses do ano a faturação da startup triplicou em comparação com o período homólogo. “O impacto do Covid-19 no negócio é positivo e pode ser encarado como uma grande oportunidade para nós”, destaca o CEO da startup. Explica que o facto de as pessoas estarem confinadas em casa aumentou exponencialmente a procura por este tipo de serviço.
André Jordão encara esta pandemia como uma oportunidade e explica o porquê. “Olhamos para o que está a acontecer como uma grande oportunidade porque vai acelerar o e-commerce e chegar a segmentos como os séniores, que demorariam muito mais tempo a adotar estas práticas”, explica o jovem empreendedor.
“O e-commerce está a crescer e com isto tudo as pessoas estão em casa e querem ser servidos sem sair do conforto do lar”, refere o CEO da empresa. Acrescenta ainda que o serviço que oferecem está a “ganhar mais força” porque para além de entregarem a alimentação em casa: oferecem um veterinário à distância que conta com uma rede de 25 veterinários experientes. “É perfeito para os nossos clientes”, refere o gestor.
A procura pelos serviços da Barkyn está a aumentar nos mercados onde atuam, mas o Covid-19 está a dificultar um pouco a operação. André Jordão destaca que em Itália têm tido alguns obstáculos “tendo em conta que existem seis zonas que estão em lockdown devido à pandemia”, mas que mesmo assim as vendas continuam a aumentar.
“Esta crise veio acelerar a transformação digital das empresas e devemos olhar para isto como o catalisador tecnológico. A curto prazo esta crise vai abalar brutalmente a economia, mas a longo prazo pode ser encarado como uma oportunidade”, conclui.
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