Lay-off não pára de aumentar. Mais 40 mil trabalhadores em três dias

Mais 40 mil trabalhadores entraram em lay-off nos últimos três dias. O número total atingiu o um milhão e 85 mil.

As empresas continuam a aderir à medida que o Governo criou para tentar conter o desemprego provocado pela crise pandémica.

Desde a passada sexta-feira, mais 40.637 trabalhadores entraram no regime simplificado de lay-off. Com este aumento, o número total de trabalhadores abrangidos por esta medida do Governo superou um milhão e 85 mil, segundo os dados atualizados esta segunda-feira pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Ao todo, aderiram a este regime 85.591 empresas, as quais abrangem 1.085.824 trabalhadores, cujas remunerações declaradas ultrapassam os 1,1 mil milhões de euros. Não é claro se este valor refere-se às remunerações anteriores ou posteriores ao corte de 1/3 imposto pelo lay-off.

Contudo, é de realçar que estes números referem-se a todos os trabalhadores do universo de empresas que aderiu e nem todos estarão efetivamente em lay-off. Ou seja, este valor poderá pecar por excesso em relação aos trabalhadores que realmente estão nesse regime.

Em termos percentuais, o crescimento do número de empresas que aderiram ao lay-off foi de 4% em três dias ao passo que do número de trabalhadores abrangido foi de 3,9%.

O comércio, alojamento e restauração continuam a ser os setores em que mais empresas aderiram ao regime. Já na comparação pelo número de trabalhadores, além desses setores, é de referir ainda as indústrias transformadoras e as atividades administrativas e dos serviços de apoio.

Com o novo regime de lay-off, as empresas mais afetadas pela atual crise pandémica podem suspender contratos de trabalho ou reduzir os horários dos trabalhadores, que passam a ter direito a, pelo menos, dois terços do salário, pagos em 70% pela Segurança Social e em 30% pelo próprio patrão. No Parlamento, a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, afirmou que esta medida estava a servir de “almofada para manter os postos de trabalho durante esta fase”.

Até dia 19 de abril havia 364.339 desempregados inscritos no IEFP, mais 2.670 face a 16 de abril, dia a que se referia a última atualização. Nestes últimos três dias houve relativamente poucos pedidos de subsídio de desemprego (75), tendo o total de pedidos desde o início da pandemia subido para 64.785.

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