4, 18 de maio e 1 de junho. Veja como vai ser a reabertura

O Governo vai apresentar o plano de reabertura da economia, passado o pico da pandemia. Programa terá três fases distintas, dependentes da evolução da saúde pública. Veja o que já se sabe.

Depois de três estados de emergência por causa da pandemia, que obrigou ao encerramento de grande parte das atividades económicas, o país vai começar a reabrir para, como pediu Marcelo Rebelo de Sousa, “não se deixar a economia morrer”. António Costa vai apresentar esta quinta-feira o plano gradual de regresso ao normal, ou ao novo normal enquanto não houver um tratamento ou vacina contra o Covid-19. Haverá três momentos distintos.

4 de maio será a primeira data deste calendário de reabertura do país. Já não haverá estado de emergência, como até aqui, mas Portugal deverá passar para o de calamidade, mantendo-se restrições à circulação de pessoas – o dever de confinamento manter-se-á. Mesmo neste novo estado, haverá lojas a reabrir, mas só a 18 de maio haverá uma abertura mais alargada.

Por fim, e se a evolução da saúde pública o permitir — ou seja, se o número de novas infeções não subir de tal forma que coloque em causa a sustentabilidade do SNS –, a 1 de junho o país poderá chegar a um nível de atividade mais próximo daquele que se conhecia antes da chegada do vírus a Portugal.

Veja aqui, fase a fase, o que já se sabe sobre o plano de reabertura:

Comércio de bairro abre portas a dia 4

Nesta primeira fase, será permitida a reabertura de algumas lojas que foram forçadas a encerrar com o estado de emergência, decretado pela primeira vez a 19 de março pelo Presidente da República.

Assim, poderão abrir portas, desde que os clientes utilizem obrigatoriamente máscaras, os seguintes negócios:

  • Pequeno comércio, designadamente as lojas com até 200 metros quadrados;
  • Cabeleireiros e esteticistas, bem como as barbearias;
  • Livrarias;
  • Stands de automóveis;
  • Permitidas atividades desportivas individuais, embora sem uso de balneários;
  • Universidades podem voltar, mas não são obrigadas. Lisboa, Porto e Coimbra poderão continuar manter aulas à distância e retomar apenas aulas práticas, segundo o Expresso.

18 de maio. A vez dos restaurantes

O Governo já tinha dito que depois de dar os primeiros passos na reabertura da economia, iria monitorizar os efeitos na saúde pública de 15 em 15 dias. Assim, e se os contágios por Covid-19 não registarem um salto expressivo, duas semanas depois, a 18 de maio poderá assistir-se à abertura de mais negócios, entre eles os restaurantes, bem como o regresso das aulas para os mais crescidos.

Isto é o que pode abrir na segunda fase:

  • Espaços comerciais com até 400 metros quadrados, embora as câmaras municipais venham a ter uma prerrogativa especial que lhe dará competência para autorizar a abertura de lojas com áreas superiores, desde que se responsabilizem pela segurança.
  • Cafés, pastelarias e restaurantes, mas com condições. A reabertura destes estabelecimentos acontecerá com metade da capacidade, por forma a garantir o distanciamento social dentro do espaço, de acordo com a Rádio Renascença.
  • Alguns espaços culturais e de espetáculos, bem como os museus, diz o Observador.
  • Regressam as aulas presenciais para os alunos do 11.º e 12.º anos.
  • Creches, embora o Governo mantenha os apoios aos pais que decidam continuar em casa com os filhos. Esse apoio vigorará até ao final de maio.

Grandes superfícies, só a 1 de junho

Finalmente, evoluindo a pandemia de forma controlada, haverá a abertura de mais espaços comerciais, nomeadamente as grandes superfícies, onde se juntam muitas pessoas.

Assim, na terceira e última fase desta reabertura, a 1 de junho, deverão abrir portas:

  • Espaços comerciais com mais de 400 metros quadrados, entre eles os centros comerciais;
  • Depois das creches, o pré-escolar também reabrirá.
  • Os institutos politécnicos poderão ficar para o fim e com restrições, como desdobramento de turmas e de horários, escreve o Público.
  • Campeonatos de futebol poderão voltar sem espetadores nos estádios, avançou a SIC.
  • O arranque da época balnear deverá trazer limitações no acesso às praias.

Dos festivais às missas, há datas em aberto

Além destas três fases, há ainda muitos setores que estão na incerteza sobre quando poderão retomar atividade. O Governo poderá decidir incluí-los nalguma das três previstas ou até deixar para mais tarde.

É o caso de:

  • Festivais de música e grandes eventos de massas, que estão atualmente proibidos até ao início de setembro;
  • Ginásios;
  • Bares, discotecas e outros estabelecimentos noturnos;
  • Apesar de António Costa já se ter reunido com o Cardeal Patriarca de Lisboa também ainda não há data para o retomar das celebrações religiosas.

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