Novo Banco: Banco de Portugal escolhe Lone Star

O Banco de Portugal vai comunicar ainda hoje ao país que o Lone Star apresentou a melhor proposta à compra do Novo Banco e vai passar à última fase de negociação. Ainda assim, a operação de venda continua em aberto e o outro candidato ainda na corrida, o consórcio Apollo/Centerbridge, poderá ser repescado se o Banco de Portugal e a equipa de Sérgio Monteiro não fecharem as negociações com o Lone Star. O China Minsheng está na lista oficial, mas, neste momento, já não é considerado um verdadeiro candidato à compra.

O conselho de administração do Banco de Portugal está neste momento em reunião extraordinária para tomar uma decisão e escolher o principal candidato à compra. Mas já sabe, se não sabia antes, qual é a ‘linha vermelha’ de Mário Centeno que, em entrevista ao DN e TSF, afirmou não estar disponível para dar uma garantia de Estado no negócio. E admitiu todas as alternativas, incluindo a nacionalização.

O fundo Lone Star — de resto como o consórcio Apollo/Centerbridge — apresentou uma proposta de compra e capitalização do Novo Banco que inclui, também, uma garantia de Estado, a chamada Asset Protection Scheme (APS) sobre ativos do ‘side bank’, a parte do Novo Banco que não integra a operação de retalho da instituição.

A escolha, preliminar, do fundo Lone Star resulta, também, de outro facto: o consórcio Apollo/Centerbridge ainda não terminou a due diligence ao Novo Banco e, por isso, existem áreas em aberto que, depois desta avaliação, poderão impactar na oferta final. De qualquer forma, segundo diversas fontes contactadas pelo ECO, aquele consórcio ainda não desistiu e até admite deixar cair a referida exigência de uma garantia pública.

Assim, como o ECO revelou em exclusivo, o Conselho de Ministros vai amanhã discutir a proposta do Banco de Portugal, mas tudo indica que não será tomada qualquer decisão. Em princípio, o Banco de Portugal e a equipa de Sérgio Monteiro continuarão a liderar as negociações, que serão acompanhadas de perto pelo Governo.

Contactado, o Banco de Portugal não fez qualquer comentário.

(Em atualização)