Risco de segunda vaga de vírus atira bolsas para o vermelho. BCP cai 3% em Lisboa
O sentimento negativo impera nas principais bolsas europeias no arranque da semana. A bolsa de Lisboa não escapa à tendência e perde mais de 1,5%.
O risco de uma segunda vaga de coronavírus está a penalizar o sentimento dos investidores. Depois de a China ter registado o maior número de novos casos desde abril, a bolsa de Tóquio caiu 3,5%, arrastando as bolsas europeias. Lisboa não escapou à tendência negativa.
O Stoxx 600 perde 2,2%, enquanto o alemão DAX cai 2,4%, o francês CAC 40 e o espanhol IBEX 35 recuam 2,7% e o britânico FTSE 100 desvaloriza 2,1%. Em linha com esta tendência, o português PSI-20 cede 1,8% para 4.298,67 pontos.
“Qualquer novo surto será visto com muita, muita cautela pelos investidores. O mercado está a admitir que a questão do Covid-19 não está ainda completamente resolvida. É a realidade dos factos”, disse, à Reuters, James McGlew analista de ações da Argonaut. Acrescentou esperar mais correções, “à medida que haja maior claridade sobre o futuro”.
A liderar as perdas na bolsa de Lisboa está o BCP, que cai 3% para 0,109 euros por ação. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya estão a ser pressionados pelo sentimento no setor, no dia em que é conhecido que o gigante alemão Deutsche Bank está a planear um novo corte nos custos, na ordem dos 100 milhões de euros adicionais ao plano de reestruturação já em curso. As ações do Deutsche Bank desvalorizam 3,85% para 7,96 euros.
Além da banca, também o setor do petróleo está sob pressão. O Iraque pediu à BP para reduzir a produção de crude em 10% para cumprir com o acordo da OPEP+. A petrolífera britânica cede 5%, enquanto a par portuguesa Galp Energia recua 2% para 10,615 euros por ação. O brent negociado em Londres cai 3,25% para 37,47 dólares por barril e o crude WTI 4,6% para 34,60 dólares.
Na bolsa de Lisboa, destacam-se ainda as perdas de 2,23% para EDP Renováveis e de 1,14% da EDP, numa altura em que os CEO das duas empresas — João Manso Neto e António Mexia, respetivamente — esperam acusações do Ministério Público. Os CTT desvalorizam 2%, a Navigator 1,67%, a Nos 1,5% e a Jerónimo Martins desliza 0,4%.
(Notícia atualizada às 08h25)
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