Depois da EDP, Galp e REN, Governo abre projeto de hidrogénio verde de Sines a mais empresas interessadas
O lançamento deste processo de manifestação de interesse tem como objetivo "robustecer a candidatura portuguesa" ao estatuto de projeto de interesse comum da UE e incentivar sinergias entre projetos.
O Governo lançou esta quinta-feira um convite a todas as empresas portuguesa e europeias, interessadas em participar no futuro mercado nacional de hidrogénio verde, para manifestarem o seu interesse no projeto para a criação de uma unidade industrial de larga escala de produção em Sines. Apresentado já em Bruxelas, o projeto Green Flamingo, do promotor Resilient Group e com a participação dos Executivos português e holandês, inclui já do lado português a EDP, a Galp e a REN, além de muitas outras empresas dos Países Baixos e de outros países europeus. O projeto está agora aberto à participação de muitas outras empresas, desde que estejam alinhadas com a Estratégia Nacional para o Hidrogénio, apresentada recentemente.
As manifestações de interesse têm de ser submetidas até 17 de julho. O Governo ambiciona que a produção de hidrogénio verde em Sines arranque já em 2022.
“O projeto de Sines, que é parte integrante da Estratégia Nacional para o Hidrogénio, tem suscitado um grande interesse por parte do setor empresarial português. Por esse motivo, considerou o Governo vantajoso iniciar um processo de manifestação de interesse, dando oportunidade de participação de vários projetos neste setor hidrogénio, desde que garantida a coerência estratégica nacional e europeia“, informou o ministério do Ambiente e Ação Climática (MAAC) em comunicado.
Com esta auscultação do mercado e uma eventual complementaridade entre vários projetos de hidrogénio já em curso no país (como é o caso da Dourogás e da Caetano Bus, por exemplo, entre outros), o objetivo do Governos passa por“robustecer a candidatura portuguesa ao estatuto IPCEI (Important Project of Common European interest) e incentivar sinergias a nível de cluster industrial nomeadamente na inovação, PME ou reforço da capacidade de produção, potenciando a capacidade de exportação”.
O convite agora lançado pelo Governo tem como destinatárias “empresas ou entidades portuguesas ou europeias, cujos projeto propostos se traduzam num valor acrescentado para o nosso país”. Ou seja, têm de se estabelecer em Portugal e criar emprego no país. Outro ponto a favor da inclusão no projeto de Sines passa pela “redução de emissões de CO2 equivalente associada por projeto apresentado”.
Diz o MAAC que “Portugal ambiciona integrar, já em 2020, o primeiro IPCEI de hidrogénio a nível europeu, e que as primeiras unidades de eletrolisadores entrem em operação em 2022, pelo que a maturidade dos projetos e capacidade de execução são considerados fundamentais” também, na análise das manifestações de interesse.
As empresas têm um mês, até 17 de julho, para entregar as suas manifestações de interesse, que serão depois analisadas por um Comité de Admissão de projetos que envolve as áreas governativas da Economia e Transição Digital, do Ambiente e da Ação Climática e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Negócios Estrangeiros, apoiados a nível técnico pela DGEG e LNEG.
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