“Não guardamos números por conveniência de termos cá a Champions”
Marcelo Rebelo de Sousa diz que na reunião do Infarmed não foi abordado um eventual descontrolo da pandemia, preferindo salientar o elevado número de testes feitos em Portugal.
“Foi uma longa e muito interessante sessão.” Estas foram as primeiras palavras de Marcelo Rebelo de Sousa à saída da reunião do Infarmed desta quarta-feira, que serviu para fazer um ponto de situação da evolução da pandemia em Portugal e, em concreto, na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde têm surgido a maioria dos novos casos.
O Presidente da República não se mostrou particularmente preocupado, dizendo que, no encontro, em momento algum foi abordado um eventual descontrolo da epidemia. Preferiu, assim, salientar o número de testes de diagnóstico à Covid-19 que têm sido feitos no país.
“O número de testes é muito diverso”, afirmou, e “Portugal está no grupo dos cinco países que mais testes realizaram por 100.000 habitantes, o que não é indiferente quando se compara o número de infetados”, destacou Marcelo Rebelo de Sousa a esse propósito. E mais à frente, na mesma ocasião, disse mesmo: “Não guardamos números por conveniência de termos cá a Champions”. “Temos adotado a metodologia da verdade”, garantiu.
Marcelo rebelo de Sousa abordou a reflexão que foi feita sobre os resultados do desconfinamento, feito em três momentos no país, dizendo que “a realidade mostra que não se verificou uma subida em termos de óbitos e que relativamente aos internados existe na última semana uma ligeira subida, longe dos cenários de rutura ou pré-rutura“.
Relativamente à evolução específica da região de Lisboa e Vale do Tejo e ao crescimento do número de novos casos de contágio identificados, o Presidente da República disse que envolvem “população que trabalhou sempre e não confinou muito” e que “em momento algum se encontrou a ideia de descontrolo da epidemia a nível regional”.
Já sobre os jovens, universo que tem sido apontado como um dos principais motores da recente subida dos contágios, descartou que na reunião tenha sido usada “uma perspetiva discriminatória”, lembrando que “o desconfinamento nessas idades é diferente” por ser “mais fácil haver mobilidade”. Por isso, aproveitou a presença das câmaras para apelar à necessidade de cumprimento das normas de saúde pública, nomeadamente, o uso de máscara de proteção facial.
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