Galp mantém confiança na administradora que esteve na Wirecard

Galp já desencadeou procedimentos de governance, perante informação divulgada sobre a Wirecard. Mas não tem qualquer informação suscetível de pôr em causa a idoneidade da administradora executiva.

A Galp não está preocupada com as ligações entre a sua administradora executiva, Susana Quintana-Plaza, e a Wirecard, a fintech alemã que apresenta um buraco de quase dois mil milhões de euros, encontrado pela EY numa auditoria às contas.

A responsável pelas renováveis e novos negócios na Galp integrava o conselho fiscal da Wirecard, mas saiu da empresa alemã para se dedicar em exclusivo à petrolífera portuguesa, antes de ser conhecido o escândalo financeiro que levou à demissão, a 19 de junho, do presidente executivo Markus Braun e a sua posterior detenção em Munique.

“A Galp desencadeou já os procedimentos de governance aplicáveis, em face da informação recentemente divulgada sobre a Wirecard, não se registando qualquer informação suscetível de pôr em causa a idoneidade da sua administradora executiva Susana Quintana-Plaza”, avançou, ao ECO, fonte oficial da Galp.

A Galp desencadeou já os procedimentos de governance aplicáveis, em face da informação recentemente divulgada sobre a Wirecard, não se registando qualquer informação suscetível de pôr em causa a idoneidade da sua administradora executiva Susana Quintana-Plaza.

Fonte oficial da Galp

A mesma fonte oficial da Galp garante que a saída de Susana Quintana-Plaza da Wirecard, em abril, nada teve a ver com o facto de o auditor (a EY) se ter recusado a assinar as contas da fintech por não conseguir confirmar a existência de 1,9 mil milhões em reservas nas contas bancárias, que alegadamente estariam no sistema financeiro das Filipinas.

A responsável — que fez grande parte da sua carreira na E.ON — já tinha “terminado anteriormente a sua colaboração com a Wirecard de forma amigável, para se dedicar em exclusivo às responsabilidades e desafios no âmbito do processo de transformação da Galp”, explica a fonte oficial da petrolífera.

A Wirecard acabou por avançar com um pedido de insolvência, depois de a nova equipa de gestão ter reconhecido, oficialmente, que o montante em causa “provavelmente não existe”. Uma declaração que fez as ações mergulharem mais de 40%.

Por outro lado, o escândalo levou Bruxelas a abrir uma investigação formal ao BaFin, o regulador financeiro alemão, por considerar que o colapso da empresa que processa pagamentos de gigantes como a Visa e a Mastercard representa uma ameaça à confiança dos investidores da União Europeia.

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