Auditoria da Deloitte ao Novo Banco entregue até ao final do mês

A auditoria da Deloitte ao Novo Banco será entregue até ao final de julho, segundo revelou o ministro das Finanças no Parlamento.

O ministro das Finanças esclareceu esta quarta-feira numa audição no Parlamento que a auditoria da Deloitte sobre a gestão do BES/Novo Banco, referente ao período de 2000 a 2018, nomeadamente sobre os créditos problemáticos, será entregue até ao final deste mês.

“O prazo estabelecido é até ao final deste mês, 31 de julho“, disse João Leão, referindo que houve um “atraso de alguns meses” provocado pelo período de confinamento, tendo sido estabelecido um prazo até fim deste mês. Esta auditoria poderá levar a uma recuperação do dinheiro injetado pelo Fundo de Resolução no Novo Banco caso se prove que houve má gestão, de acordo com o primeiro-ministro.

João Leão respondia a um conjunto de questões colocadas pela deputada do BE, Mariana Mortágua, sobre o Novo Banco. A deputada bloquista queria saber onde estava a auditoria — que levou a uma crise política em maio entre Mário Centeno, António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa e o Parlamento –, mas também questionou o ministro das Finanças sobre as potenciais responsabilidades futuras do Estado perante o Novo Banco.

Em resposta, o sucessor de Mário Centeno esclareceu que a “responsabilidade máxima” do Estado perante o Novo Banco é o valor que consta do mecanismo capital contingente, no valor de 3,9 mil milhões de euros, através de empréstimos concedidos pelo Fundo de Resolução.

Contudo, “num cenário extremo de necessidade”, há um acordo com a Comissão Europeia que prevê o que acontecerá no Novo Banco, “se houver necessidades de capital”. Caso isso aconteça, há um “conjunto de intervenções” previstas, começando por “recorrer” aos atuais acionistas do Novo Banco. Se estes não conseguirem, procura-se novos acionistas.

Assim, “intervenção do Estado será só em última instância, como pode aliás acontecer com outros bancos”, acrescentou Leão. Neste cenário, “o Estado passaria a ter uma posição enquanto acionista, não era um empréstimo, mas seria parcialmente dono desse banco”.

(Notícia atualizada às 10h39 com mais informação)

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