Limpeza do legado do BES no Novo Banco termina este ano. Lucros chegarão em 2021
O chairman do Novo Banco destaca que a prioridade do Novo Banco este ano passa pela limpeza dos ativos “herdados do passado”.
O chairman do Novo Banco, Byron Haynes, está convicto de que o banco vai concluir até ao fim do ano o trabalho de “limpar os ativos do legacy” do seu balanço, dos quais 98% têm origem no que era o Banco Espírito Santo (BES),avança o chairman em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago).
“O objetivo” é “resolver os problemas do legacy e que o banco “Recorrente” dê lucros” em 2021, diz Byron Haynes. “Mas há uma ressalva — o Novo Banco vai sentir o impacto da Covid-19, tal como os outros bancos e empresas, quer em Portugal, quer na Europa. Isto terá um impacto no aumento do custo do risco do banco “Recorrente”, assim como menos receitas em comissões enquanto continuarmos a apoiar os nossos clientes. Teremos de analisar o impacto da Covid-19 no plano de negócio e no modelo operacional daqui em diante”, frisa o responsável.
O gestor antecipa também que o fundo Lone Star não deverá sair do capital num “futuro próximo” e que tem investido. “Os acionistas têm investido no futuro. E investir no futuro não me diz que queiram sair num futuro próximo”, sublinha.
Byron Haynes realça que o banco “não vende carteiras de ativos com desconto” e considera “muito irónico” que a sua independência seja questionada numa altura em que saiu a acusação ao Universo BES. Além disso lamenta a confusão que tem surgido em torno do mecanismo de capital contingente. “O CCA tem um limite e esta especulação não é correta”. Questionado se o Novo banco vai precisar de mais fundos públicos, o chairman responde de forma perentória: “Não. O CCA tem um limite que é de 3,89 mil milhões de euros. Ponto final.”
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