Portuguesa DefinedCrowd acusa Amazon de lhe roubar tecnologia
Quatro anos depois de ter investido na DefinedCrowd, obtendo acesso a informação confidencial da startup portuguesa, a Amazon terá lançado uma tecnologia praticamente igual, denuncia Daniela Braga.
A startup portuguesa DefinedCrowd é uma das várias empresas que estão a acusar a Amazon de “roubar” tecnologia de empresas em que investiu, ou tencionou investir no passado. A investigação do The Wall Street Journal (acesso pago) foi publicada esta quinta-feira e trouxe a lume alegadas práticas “maquiavélicas” do grupo para reforçar a liderança no setor tecnológico.
O jornal conta que, quando investiu na startup fundada Daniela Braga, a Amazon passou a ter acesso às contas da empresa e outro tipo de informação confidencial. Quatro anos depois, em abril deste ano, a Amazon Web Services terá lançado um produto que faz exatamente o mesmo que um dos produtos de bandeira da DefinedCrowd, denuncia a empreendedora.
Ao tomar conhecimento do lançamento do serviço A2I da Amazon, uma tecnologia que recolhe dados e os categoriza, a DefinedCrowd terá tomado medidas para diluir em 90% a posição da Amazon na startup, através de uma operação de aumento de capital, indica ainda o jornal norte-americano.
O caso da DefinedCrowd não é único e a investigação dá conta de outras empresas que tiveram alguma relação com a Amazon no passado, somente para verem a multinacional a lançar um produto ou serviço igual mais tarde. Em contrapartida, a Amazon assegura que a empresa não usa informação confidencial de outras empresas para desenvolver produtos concorrentes.
Já depois da publicação desta notícia, fonte oficial da Amazon Web Services acrescentou que, “infelizmente, haverá sempre partes interessadas que se queixam em vez de construir” e que “quaisquer disputas legítimas sobre propriedade de propriedade intelectual são resolvidas nos tribunais”. “Por 26 anos, fomos pioneiros em muitos recursos, produtos e até mesmo categorias totalmente novas. Da amazon.com ao Kindle, do Echo à AWS, poucas empresas podem reivindicar um histórico de inovação que rivaliza com a da Amazon”, sublinhou a mesma fonte.
Contudo, esta não é a primeira vez que a Amazon é acusada de práticas agressivas de mercado. Recentemente, outra investigação do The Wall Street Journal denunciou que a Amazon terá usado dados das vendas de comerciantes terceiros na sua plataforma para criar produtos concorrentes de marca própria.
(Notícia atualizada às 16h28 com reação da Amazon Web Services)
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