Quem é a Hanwah Q Cells, a gigante dos painéis solares que se vai instalar no sul de Portugal?

É sul-coreana, conta com 68 anos de existência (de um negócio que já passou por muitas atividades diferentes) e acaba de entrar no negócio de produção de energia em Portugal. Conheça a Hanwah Q Cells.

É sul-coreana, foi fundada em 1952 e prepara-se para se tornar um dos players da energia solar no Alentejo e Algarve. A Hanwha Q-Cells é a empresa que ficou com metade dos lotes que foram esta segunda e terça-feira a leilão de energia solar em Portugal, ao ganhar, de acordo com o Expresso, seis dos 12 lotes a concurso, o máximo que podia alcançar.

Com sede administrativa em Seul e sede de investigação e desenvolvimento (I&D) na cidade alemã de Thalheim, a empresa é um dos maiores fornecedores de painéis fotovoltaicos do mundo. Mas nem sempre foi este o foco do foi a energia, pelo contrário. Começou pelo negócio da pólvora e dos explosivos, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial. Passou já nos anos 1980 pelos resorts, pelas finanças, retalho e até mesmo pela tecnologia aeroespacial.

Apenas em agosto de de 2010 é que o grupo apostou no negócio de energia solar ao adquirir uma participação de 49,99% na empresa chinesa SolarFun Power Holdings, atualmente transformada em Hanwha SolarOne, segundo o site oficial.

Desde a entrada do no setor da energia, o grupo Hanwha apostou fortemente na Hanwha Q Cells e, quatro anos depois, dedicava-se ao desenvolvimento de equipamentos de energia solar para telhados de edifícios residenciais, comerciais e industriais. A estratégia de expansão do negócio e geográfica acabou por fazer da empresa um gigante dos painéis fotovoltaicos, que tem galopado a ascensão do setor.

Ao aplicar tecnologia de ponta e economias de escala, a Hanwha Q Cells tem tirado partido da crescente procura por energia solar por todo o mundo. Temos tido capacidade de oferecer produtos de elevada qualidade a preços competitivos”, diz a empresa liderada por Seung Youn Kim.

Cerca de uma década depois, detém a liderança na quota de mercado de países chave como a Alemanha, Reino Unido, Coreia do Sul e Japão. Na Europa foi seis vezes consecutivas eleita como melhor fabricante de sistemas fotovoltaicos pelos instaladores locais, ao ganhar o prémio “Top Brand PV Seal 2019″ da EuPD Research.

Depois de expandir o negócio de painéis solares, a empresa começou a produzir diretamente energia, tendo assegurado projetos em países como Reino Unido ou França. Em 2015, estabeleceram uma parceria com a NextEra Energy com sede nos EUA, o que acabou por acelerar a entrada do grupo num dos maiores mercados solares do mundo. No ano passado, anunciou a construção de uma fábrica de módulos solares de capacidade de 1,7GW no estado americano da Geórgia.

O plano de expansão está avaliado em 1,3 mil milhões de dólares até 2020. É no âmbito deste projeto que a sul-coreana entra no negócio de produção de energia em Portugal. Foi a promotora que conseguiu maior número de lotes para desenvolver projetos fotovoltaicos no Alentejo e Algarve, sendo que tinha já tentado participar no leilão anterior, sem sucesso, de acordo com informações divulgadas pelo Expresso.

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