Há mais 390 infetados com Covid-19. Morreram três pessoas nas últimas 24 horas
Nas últimas 24 horas foram identificados 390 novos casos do novo coronavírus em Portugal. A região Norte voltou a concentrar o maior número de novas infeções, superando a região de Lisboa.
No dia em que se assinalam seis meses desde que a pandemia chegou a Portugal, a Direção-Geral de Saúde (DGS) identificou 390 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 58.633 o número total de infetados. O número de vítimas mortais subiu para 1.827, após terem sido contabilizadas mais três mortes nas últimas 24 horas.
Em termos regionais, a região Norte voltou a concentrar o maior número de novas infeções, superando a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), que tem concentrado as maiores preocupações. Dos 390 novos casos confirmados nas últimas 24 horas, 184 foram registados no Norte (47,2% do total), seguidos de Lisboa, que contabilizou 168 novas infeções (43%).
Boletim epidemiológico de 2 de setembro:
Ainda assim a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com mais casos até ao momento (30.208 casos de infeção e 671 mortes), seguindo-se do Norte (21.125 casos e 849 mortes), do Centro (4.853 casos e 253 mortes), do Algarve (1.123 casos e 17 mortes) e do Alentejo (949 casos e 22 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 214 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 161 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.
Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 337 estão internados (menos 13 face ao dia anterior), dos quais 41 em unidades de cuidados intensivos (menos um). Há ainda 33.914 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, menos 84 do que no balanço de segunda-feira.
Os dados revelados esta quarta-feira dão ainda conta de mais 129 recuperados, um número ligeiramente inferior relativamente ao último balanço. No total, já 42.233 pessoas recuperaram da doença. Entre os casos de infeção confirmados desde o início da pandemia, mas considerando também os recuperados, existem atualmente 14.573 casos ativos, mais 258 do que no dia anterior.
Marta Temido alerta para “tendência crescente” de contágios
Na conferência de imprensa desta quarta-feira, a ministra da Saúde voltou a fazer uma atualização quanto ao rácio de contágios da Covid-19 em Portugal, que tem aumentado nos últimos dias. “A taxa de incidência a sete dias é de 22,9 novos casos por 100 mil habitantes e a taxa de incidência a 14 dias é de 38,2 novos casos por 100 mil habitantes“, disse Marta Temido, em declarações transmitidas pelas televisões.
Nesse contexto, a ministra da Saúde alerta para a “tendência crescente” de contágios dos últimos dias, isto numa altura em que a ameaça de Portugal voltar a ser excluído dos corredores aéreos britânicos estará cada vez mais evidente. Segundo escreve o The Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês), o limite definido pelo Governo britânico é 20 casos por cada 100 mil habitantes. Portugal estará assim no limite, podendo voltar a sair da lista onde entrou a 20 de agosto. Certo é que a decisão oficial só é conhecida esta quinta-feira.
Quanto ao número de surtos do país, Marta Temido revelou ainda que há 177 surtos ativos, com a região Norte a ser alvo da “maior atenção”, registando-se 86 nesta região, seguida por Lisboa e Vale do Tejo (61 surtos), do Algarve (12 surtos) e do Centro e do Alentejo (ambos com nove surtos). Além disso, confirmou a existência de cinco casos de Covid-19 na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. De acordo com a ministra, trata-se de dois enfermeiros e três assistentes operacionais “com uma ligação conhecida entre estes casos”.
Uso de máscara generalizado “não é meio mais eficaz”. “Mas não enjeitamos tomar medidas”, diz ministra
Face ao aumento dos contágios na última semana, que, segundo a ministra da Saúde se situam em “340 novos casos diários”, em média, o Governo reconhece que existe agora “maior transmissibilidade da doença”. Contudo, Marta Temido descarta, por enquanto, o uso generalizado de máscara, referindo que há meios mais eficazes para travar a Covid-19.
“Há países [na Europa] em que não é obrigatória a utilização de máscaras. E, portanto, temos de fazer uma ponderação daquilo que estamos a enfrentar”, notou Marta Temido, acrescentando que “sendo um meio de controlo adequado a determinados espaços não é o meio mais eficaz com aquilo que é o nosso conhecimento atual”, notou.
Dando o exemplo do regresso às aulas, a ministra considera que há outras formas de prevenir o vírus, como a etiqueta respiratória, a desinfeção das mãos e dos espaços, bem como, a app de rastreio Stayaway Covid. “Não enjeitamos a hipótese de tomar novas medidas, mas nesse momento é isso que temos em cima da mesa”, concluiu.
(Notícia atualizada pela última vez às 15h22)
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