CaixaBank absorve Bankia. Ulrich proposto para a administração

Os acionistas do Bankia vão receber 0,6845 ações do CaixaBank por cada ação que detêm para aceitarem ser incorporados pelo dono do BPI.

O “casamento” entre o CaixaBank e o Bankia já está selado. O CaixaBank, dono do BPI, concordou em pagar 4,3 mil milhões de euros num negócio que será concretizado via a absorção do Bankia. Os acionistas do Bankia vão receber 0,6845 ações do CaixaBank por cada ação que detêm.

Fica assim criado o maior banco doméstico em Espanha em termos de ativos com um valor de mercado combinado de mais de 16 mil milhões de euros, num negócio que irá ainda permitir uma poupança anual de custos de 770 milhões de euros, confirmaram os bancos esta sexta-feira.

O negócio foi descrito como uma fusão, mas é na realidade uma aquisição pelo CaixaBank, pois é quase três vezes maior do que o Bankia em valor de mercado e quase duas vezes maior em ativos.

O CaixaBank vai trocar 0,6845 novas ações por cada ação do Bankia, avaliando este último em 1,41 euros por ação. Tal representa um prémio de 20% face ao preço de fecho das ações do Bankia a 3 de setembro, antes de surgirem as notícias a darem conta das conversações visando a fusão dos dois bancos, ou um prémio de 28% sobre o preço médio dos últimos três meses.

Os dois bancos disseram, através de um comunicado conjunto, que esperam sinergias em termos de custos anuais de cerca de 770 milhões de euros até 2023 e novas receitas anuais de cerca de 290 milhões de euros em cinco anos. Estimam ainda 2,2 mil milhões de euros em despesas de reestruturação no próximo ano.

A nova entidade, que manterá a marca CaixaBank, será o banco de referência em Espanha com mais de 20 milhões de clientes, uma quota de mercado em créditos e depósitos de 25% e 24%.

Os bancos esperam ainda atingir um rácio de capital Tier-1 fully loaded — uma medida importante de solidez financeira – de cerca de 11,3% no primeiro trimestre após a transação.

Os acionistas do CaixaBank irão inicialmente representar 74,2% do capital da nova entidade, passando o Bankia a deter 25,8%.

O Criteria, controlado pela fundação La Caixa, continuará a ser o principal acionista do Caixabank com cerca de 30% do banco combinado, enquanto o Estado espanhol deterá 16,1%, contra 61,8% que detém no Bankia.

Após o anúncio do fecho deste negócio, o BPI enviou um comunicado a dar conta que o nome de Fernando Ulrich está proposto para integrar o futuro Conselho de Administração do CaixaBank.

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