Bolsas europeias recuperam, mas Lisboa não. PSI-20 recua quase 1%

O BCP continuou sob forte pressão, castigado pelo sentimento em relação aos bancos no seguimento dos FinCEN Files. O banco liderado por Miguel Maya caiu 2% e está cada vez mais próximo de mínimos.

As bolsas europeias e norte-americanas recuperaram esta terça-feira das perdas da última sessão. O sentimento foi positivo na generalidade dos índices, mas Lisboa não acompanhou a tendência. O português PSI-20 recuou 0,87% para 4.121,94 pontos, no valor mais baixo desde 15 de maio.

Apenas três cotadas portuguesas escaparam ao vermelho, incluindo a Galp Energia, que avançou 1,42%. Em sentido contrário, a Mota-Engil liderou as perdas no índice com um tombo de 4% para 1,15 euros por ação. A quebra acontece apesar de a empresa ter começado a ser alvo de avaliação da JB Capital Markets, que atribuiu um preço-alvo de dois euros por ação, o que representa um potencial de valorização de 57,5% face à cotação dos títulos na sexta-feira.

Os CTT perderam 2,24% e a Semapa tombou 2,05%. Entre os pesos-pesados do índice destacaram-se ainda as perdas da Nos (-1,62%), EDP (-1,4%), EDP Renováveis (-1%) e Jerónimo Martins (0,51%).

Também o BCP continuou sob forte pressão, castigado pelo sentimento em relação aos bancos no seguimento dos FinCEN Files. O banco liderado por Miguel Maya tombou 1,95% para 0,0853 euros por ação, ficando muito próximo do mínimo histórico de 0,0846 tocado a 14 de maio.

Lisboa ficou assim à margem da recuperação nas bolsas. Os investidores aplaudiram as declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que afirmou que a Europa precisa de mais estímulos para recuperar da crise pandémica. Do outro lado do Atlântico, Jerome Powell, presidente da Fed, vai dizer no Senado dos EUA que será necessário estímulos diretos às pequenas e médias empresas americanas.

Com os dois banqueiros centrais a pedirem mais dinheiro para apoiar a recuperação económica, o Stoxx 600 avançou 0,54%. Tanto o alemão DAX como o britânico FTSE 100 ganharam 0,8%, enquanto o espanhol IBEX 35 valorizou 0,4% e o francês CAC 40 fechou flat.

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