Madalena Rugeroni: “Quando falava da Too Good to Go, havia um ceticismo brutal”

À frente de uma das maiores startups de impacto do mundo no mercado português, a portuguesa conta os detalhes do seu percurso no mais recente episódio do podcast "Start now. Cry later".

Todos os anos, desperdiçamos cerca de 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos. Sim, leu bem. O desperdício alimentar é um dos desafios mundiais mais discutidos nos últimos tempos, sobretudo porque existem, apesar de todo este desperdício, 690 milhões de pessoas em todo o mundo sem acesso a alimentos e que, por isso, passam fome.

Diminuir o desperdício alimentar e, com isso, ajudar a mitigar esse problema e acrescentar valor aos produtores e comerciantes é um dos pilares fundamentais da startup dinamarquesa Too Good to Go, presente em Portugal desde 2019. À frente do projeto para o mercado nacional desde o dia 1 está Madalena Rugeroni, empreendedora portuguesa e cofundadora da Misk, uma rede social ligada à restauração e que tinha como base recomendações dos seus utilizadores cujo negócio entretanto acabou.

Lançada no final de outubro de 2019 no mercado nacional, em agosto deste ano, os utilizadores da Too Good to Go Portugal já tinham salvado do desperdício 100 mil refeições, o que equivale a 250 toneladas de CO2 que não foram libertadas para a atmosfera, caso essas refeições fossem desperdiçadas. Mas Madalena Rugeroni recorda a forma como a ideia do negócio causava estranheza quando as pessoas ouviam falar dela pela primeira vez.

“Quando falava da Too Good to Go, havia um ceticismo brutal. Há sempre um ceticismo, não sei se pela novidade se pelos projetos em si, mas há”, explica a empreendedora, no podcast “Start now. Cry later”.

Foi a essa estranheza que Madalena foi buscar ainda mais energia para “apaziguar o ceticismo e provar que funciona” já que, acredita, “aquilo a que se chama business with purpose tem cada vez mais relevância, até para os próprios consumidores”.

“A missão da empresa é acabar com o desperdício alimentar: qualquer tipo de estabelecimento pode vender comida que sobra a potenciais clientes por preços bastante acessíveis. Os estabelecimentos podem angariar potenciais clientes e as pessoas podem comprar comida de qualidade a preços mais reduzidos. No meio de tudo isto, estamos a fazer algo bom para o planeta, reduzindo o desperdício e a quantidade de CO2 que emitimos”, simplifica. Na prática, e depois de um ano em Portugal, a equipa da Too Good to Go já conta com cerca de 30 pessoas, mas a rede de parceiros ultrapassa as 1.500 organizações. “Lançámos o projeto em Portugal a 29 de outubro e tem sido uma aventura, com o objetivo de angariarmos o maior número de parceiros para que se juntem ao movimento”.

Pode ouvir o episódio completo “Too resilient, too worldly” aqui:

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

O podcast “Start now. Cry later” é um projeto da jornalista Mariana de Araújo Barbosa e da Startup Portugal, que conta com o apoio da revista Pessoas. Pode ouvir os episódios e seguir o projeto aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Madalena Rugeroni: “Quando falava da Too Good to Go, havia um ceticismo brutal”

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião