Iniciativa Liberal “não gosta de estados de emergência”. É “remota” probabilidade de aprovar

João Cotrim Figueiredo considera que o estado de emergência proposto pelo Governo é mais suave do que os anteriores. Ainda assim, afirma que há "riscos" para as liberdades dos portugueses.

O deputado único da Iniciativa Liberal (IL) reitera que o partido não gosta de estados de emergência e, por isso, diz que a probabilidade de o aprovar é “remota”. Ainda assim, João Cotrim Figueiredo sublinha que precisa de ter acesso ao documento na íntegra para tomar uma decisão final.

“Como é sabido não gostamos de estados de emergência, mas em especial não gostamos de estados de emergência que contenham cheques em branco, como o recurso sem qualquer limitação a bens privados”, disse João Cotrim Figueiredo, à saída da reunião com o Presidente da República, em declarações transmitidas pelas televisões.

O deputado afirma que o estado de emergência proposto pelo Governo é mais contido do que o que foi decretado em março e abril, contudo considera que “há demasiadas áreas onde a liberdades e os direitos dos portugueses” pode ser colocada em causa, nomeadamente no que diz respeito ao “recurso a entidades, privadas, cooperativas ou sociais”.

Questionado sobre uma eventual aprovação deste novo estado de emergência, João Cotrim Figueiredo diz que a possibilidade de o viabilizar “é remota”, mas admite que prefere ler o documento primeiro. “Aguardaremos para ver em que circunstâncias o decreto que regula o Estado de Emergência prevê o recurso a esses ativos privados, cooperativos ou sociais para saber se repete o erro dos decretos de abril”, sinaliza.

Além disso, o deputado da IL acusa o Governo de não se ter preparado adequadamente para a segunda vaga da pandemia, nomeadamente através do reforço de profissionais alocados ao Serviço Nacional de Saúde, acrescentado ainda que o reforço no número de camas em unidades de cuidados intensivos e enfermarias não foi “suficiente”.

João Cotrim Figueiredo reclama ainda mais informação sobre a situação epidemiológica, bem como dados sobre o impacto económico das medidas tomadas. “Passados oito meses já deveríamos conseguir dizer qual é o impacto económico e social de cada medida aproximadamente”, defende o deputado, acrescentando que só desta forma se conseguem “tomar as medidas verdadeiramente eficazes”.

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