Dulce Mota sai do Banco Montepio para liderar gestora de ativos da mutualista

A Montepio Valor vai ser integrada na Montepio Gestão de Ativos, que passará a ter como presidente Dulce Mota, que está de saída da administração do banco.

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A Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) vai avançar com a fusão das duas gestoras de ativos do grupo, com objetivo de reduzir os custos. A entidade liderada por Virgílio Lima vai integrar a Montepio Valor na Montepio Gestão de Ativos, que passará a ser liderada por Dulce Mota, atual administradora do banco.

“O conselho geral da AMMG autorizou a operação de fusão por integração da Montepio Valor na Montepio Gestão de Ativos”, indicou fonte oficial da instituição em resposta a perguntas colocadas pelo ECO, confirmando que está em preparação o projeto de fusão das duas empresas.

“Confirmada a autorização [do conselho geral], só depois de concluído o estudo concreto da integração haverá condições para realizar o processo de apreciação dos seus processos e termos pelos vários órgãos de governo”, acrescentou a mesma fonte, sem confirmar o nome de Dulce Mota para presidir à Montepio Gestão de Ativos.

Ainda assim, ao que o ECO apurou, aquando da discussão da operação de fusão das duas empresas na reunião do conselho geral da mutualista que teve lugar na semana passada para discutir o desempenho das várias empresas do grupo (Banco Montepio, área segura, etc), foi apontado o nome da atual administradora do banco para liderar a gestora de ativos, confirmando-se, de resto, uma notícia avançada pelo ECO no final de setembro.

Na altura, o ECO avançou que Dulce Mota estava de saída do Banco Montepio, que chegou a liderar interinamente durante vários meses, até à chegada de Pedro Leitão, quando o banco se encontra no início de um processo de reestruturação mais amplo que poderá levar à saída de 900 trabalhadores e ao fecho de 80 balcões. A reestruturação visa cortar custos e otimizar a estrutura para regressar aos lucros, algo que tem sido visto como fundamental pelas agências de rating.

No que diz respeito à fusão das duas sociedades gestoras, a AMMG (dona do banco) ressalva que a operação tem como objetivo simplificar a estrutura do grupo mutualista, reduzindo custos e promovendo um serviço ao “associado/cliente ainda mais integrado”.

Recentemente, o grupo avançou com a fusão das imobiliárias Montepio Imóveis e a Germont, visando objetivos semelhantes. Isto num contexto em que outras instituições financeiras (como a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco, por exemplo) também estão a simplificar os seus grupos para tornar a estrutura mais eficiente e com menos custos.

De acordo com o relatórios e contas, a Montepio Gestão de Ativos, que tem como presidente Virgílio Lima, geria 1.700 milhões de euros em ativos no final do ano passado, dos quais 1.500 milhões relativos a gestão de carteiras e 190 milhões a fundos de investimento mobiliário.

Quanto à Montepio Valor, liderada por Pedro Líbano Monteiro, chegou a dezembro de 2019 com ativos sob gestão na ordem dos 400 milhões de euros, representando uma quota de mercado de 3,8%. Ou seja, com a fusão, a AMMG cria uma gestora com ativos sob gestão no valor de 2.100 milhões.

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