Endesa aumenta lucros em 38% para 1.700 milhões de euros até setembro

No próximo dia 25 de novembro a Endesa vai apresentar uma atualização do seu plano estratégico no Capital Markets Day.

A elétrica espanhola Endesa deu conta esta quarta-feira de um aumento de 38,4% nos lucros nos primeiros nove meses do ano para os 1.700 milhões de euros. A empresa garante que, apesar dos impactos financeiros negativos da pandemia de Covid-10 (mais intensos no segundo trimestre), a empresa está a conseguir manter os objetivos anunciados para este ano.

No próximo dia 25 de novembro a Endesa vai apresentar uma atualização do seu plano estratégico no Capital Markets Day, que deverá preparar a empresa para “desafios futuros”.

“A gestão integral do negócio elétrico permite à Endesa atenuar a queda da procura de eletricidade (-6,1%) na Península Ibérica – e dos preços grossistas da eletricidade (-36%) face ao mesmo período de 2019″, disse a empresa em comunicado.

Entre janeiro e setembro de 2020, o EBITDA registou um aumento de 8,2% para os 3.136 milhões de euros, apesar do impacto de 81 milhões como consequência da pandemia de Covid-19 até ao momento. Além desta subida no EBITDA, os lucros aumentaram também por via da diminuição de 57% das provisões para amortizações e perdas por imparidade face ao período homólogo de 2019, para 1.104 milhões. No ano passado, a Endesa acordou a descontinuação do seu negócio de carvão na Península, e registou uma deterioração de caráter extraordinário.

Para o CEO José Bogas, “o modelo da Endesa permitiu terminar o terceiro trimestre do ano com resultados sólidos, apesar da complexidade da conjuntura. Durante estes meses, para além da gestão da empresa com rigor e empenho e da implementação de um intenso plano de descarbonização, da instalação de capacidade renovável e da eletrificação da procura, a nossa prioridade tem sido responder às necessidades de milhares de clientes e minimizar o efeito da pandemia nas comunidades onde estamos presentes “.

Na apresentação online dos resultados aos investidores, Bogas ainda sublinhou os 99 MW de capacidade solar arrematados pela Endesa no mais recente leilão de renováveis em Portugal. Sobre os próximos leilões de solar em Espanha, que deverão ter lugar até ao final do ano, o CEO disse que ainda tem de analisar o recente decreto real sobre os mesmos, mas garantiu que a Endesa vai participar. “Não dependemos deste leilões para levar a cabo o nosso desenvolvimento nas renováveis na Península Ibérica”, disse José Bogas aos analistas e investidores.

Sobre o hidrogénio verde, a Endesa garante que está muito interessada nesta nova fonte de energia, tendo já em estudo 24 projetos, com destaque para um deles que está a ser pensado para a central a carvão de Compostilla, em Espanha, e a ser desenvolvido com um “parceiro industrial”.

A Endesa dá também conta que o crescimento na produção de energia a partir de fontes renováveis ​​permitiu atingir entre janeiro e setembro o objetivo de gerar 85% de eletricidade sem emissões de CO2, meta fixada para 2022. A carteira de projetos renováveis da empresa com ponto de conexão às redes elétricas nacionais ascende já a de 6.900 MW (65% solar e 35% eólica).

Entre janeiro e setembro a Endesa aumentou seu parque solar e eólico em 800 MW (+13% ) em relação a setembro do ano passado, atingindo 7.478 MW já em operação. No total, o portfólio de projetos renováveis ​​da empresa em diferentes estágios de desenvolvimento atinge os 25.700 MW.

A Endesa conquistou no terceiro trimestre do ano, no leilão realizado em Portugal, um projeto fotovoltaico de 99 MW com um sistema de armazenamento adicional de 20MW, que entrará em funcionamento em 2024 e exigirá um investimento de 90 milhões.

“A Endesa está a conseguir resistir aos efeitos da pandemia do coronavírus, bem como da crescente concorrência no mercado liberalizado (que inclui geração peninsular, comercialização, serviços, ajustes e despesas gerais), nos primeiros nove meses deste ano. A empresa continua empenhada em cumprir os objetivos financeiros fixados para 2020, ao mesmo tempo que avança no processo de descarbonização e crescimento do parque de energias renováveis ​​em Espanha como em Portugal”, frisou a elétrica, sublinhando a “resistência e capacidade de adaptação a um cenário de redução da procura de energia (eletricidade e gás) e de queda de preços tanto no mercado grossista como nos mercados de matérias primas”.

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