Patrões esperam que novos apoios às empresas “sejam dignos desse nome”

O primeiro-ministro assegurou que serão aprovadas, esta quinta-feira, novos apoios às empresas e ao emprego. "Esperemos que sejam dignos desse nome", avisam os patrões.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) espera que as medidas de apoio que o primeiro-ministro anunciou que serão reveladas esta quinta-feirasejam dignas desse nome e que auxiliem as empresas a manterem os postos de trabalho“. António Saraiva falava aos jornalistas à saída de uma reunião com o Presidente da República sobre uma eventual nova declaração de estado de emergência.

Esta quarta-feira, o chefe do Executivo avançou que será aprovado em Conselho de Ministros um novo conjunto de “medidas de apoio à atividade económica, em particular às micro, pequenas e médias empresas”, face ao “esforço muito grande” que lhes está a ser exigido por causa da pandemia de coronavírus.

Em reação, o presidente da CIP disse esperar que tais apoios “sejam dignos desse nome e que auxiliem as empresas a manterem os postos de trabalho”, tendo frisado que, neste momento, estão a ser desprezadas as medidas à economia. Aliás, António Saraiva já tinha defendido que o Orçamento do Estado para 2021 esquece as empresas e não apoia o emprego.

O “patrão dos patrões” disse ainda esta quarta-feira ser “obviamente contra” o confinamento total do país, à semelhança do que aconteceu na primavera, não tendo confirmado a sua posição sobre um eventual novo estado de emergência.

Também o líder da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) não quis pronunciar-se sobre essa hipótese, à saída da reunião com Marcelo Rebelo de Sousa.

Aos jornalistas, João Vieira Lopes disse apenas que defende o regresso do lay-off para evitar o desemprego, “medidas de apoio fiscais ou outras a fundo perdido e o apoio de uma solução para o arrendamento comercial”.

Depois de ter ouvido os partidos com assento parlamentar sobre a eventual declaração de estado de emergência, o Presidente da República recebeu, esta terça-feira e quarta-feira, os parceiros sociais.

De notar que o primeiro-ministro propôs, no início da semana, a Marcelo Rebelo de Sousa que seja decretado o estado de emergência, ainda que com uma “natureza preventiva” e com vista a “eliminar dúvidas” sobre a ação do Governo para responder à pandemia.

Em entrevista à RTP, o Presidente da República confirmou que estar ponderar essa hipótese, tendo adiantado que o novo estado de emergência, a concretizar-se, será “diferente”, na medida em que será “muito limitado”.

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