Pandemia passa fatura às receitas da Vodafone em Portugal

Operadora foi penalizada pelo contexto pandémico. Faturou menos, mas mantém compromisso com o país. Alerta, contudo, para os riscos do 5G nos investimentos da empresa em Portugal.

A Vodafone Portugal viu as receitas caírem com a pandemia. Faturou menos, apenas do acréscimo no volume de negócios dos serviços, ainda que ligeiro tendo em conta a redução da faturação com o roaming, já que o turismo afundou com a Covid-19.

“De julho a setembro, segundo trimestre do ano fiscal 2020-2021, a atividade da Vodafone Portugal foi negativamente impactada pela pandemia“, diz a operadora em comunicado enviado esta segunda-feira.

As receitas totais encolheram 0,8% devido à quebra na venda de equipamentos, enquanto as receitas de “serviços atingiram 255 milhões, um acréscimo de 0,3% face ao mesmo período do ano passado”.

O desempenho deste principal indicador de negócio [receitas de serviços] reflete a redução das receitas de roaming e visitors, incluindo o impacto na diminuição das vendas de cartões pré-pagos a turistas e outros utilizadores estrangeiros”, explica a Vodafone. O número total de clientes móveis desceu 5% para 4,612 milhões.

Estes resultados “mostram uma desaceleração do principal indicador de negócio, a qual reflete sobretudo os efeitos da quebra da atividade turística nas receitas do segmento móvel. Já o negócio fixo continua, apesar do contexto adverso, a crescer a um ritmo constante”, diz a empresa.

Alerta para o 5G

A operadora liderada por Mário Vaz nota que estes números “são um bom exemplo do compromisso de entrega e da nossa resiliência e só são possíveis graças à dedicação exemplar dos colaboradores e parceiros, bem como à flexibilidade, segurança e robustez das infraestruturas de última geração que foram objeto de expressivos investimentos por parte da Vodafone Portugal nos seus 28 anos de atividade comercial”.

“A continuidade deste longo histórico de investimentos, de qualidade de execução e estratégia consolidadas, e de compromisso com o país – que oferecem resiliência neste presente tão complexo e volátil — é manifesta e intencionalmente posta em causa de forma irreversível pelo atual regulamento de 5G“, alerta a empresa.

Foi por essa razão que, diz Mário Vaz: “A Vodafone viu-se obrigada a recorrer a todos os mecanismos legais ao seu alcance, para que possamos proteger o futuro deste setor e, em particular, as suas dezenas de milhares de postos de trabalho diretos e indiretos”. “Ao avançarmos na direção preconizada pelo atual regulamento de 5G, o principal prejudicado será o país”, remata.

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