Quase metade dos restaurantes com espaços arrendados têm rendas em atraso
Inquérito da AHRESP revela que 62% dos arrendatários do setor da restauração já tentaram reduzir o valor da renda, pedido ao qual a maioria dos senhorios recusou.
Ainda com várias restrições em vigor, os empresários do setor da restauração e bebidas continuam a sentir dificuldades. Entre aqueles que arrendam espaços, quase metade já está com rendas em atraso, sendo que, para mais de 65% dos arrendatários, o atraso é de três ou mais meses, revela o inquérito da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).
A grande maioria das empresas do setor exploram os negócios em espaços arrendados, sendo que 62% já tentaram reduzir o valor da renda, pedido ao qual dois terços dos senhorios recusaram, conclui o inquérito, que é referente ao mês de novembro. Assim, 45% dos arrendatários já está com rendas em atraso.
De acordo com a associação, a renda representa mais de um quinto dos custos para 69% das empresas deste setor. Considerando este impacto, para além dos outros fatores, mais de 40% das empresas de Restauração e Bebidas ponderam avançar para insolvência, caso não consigam suportar todos os encargos, avança ainda o inquérito.
As associações que representam o setor da restauração já têm vindo a reivindicar medidas de apoio para as rendas que os negócios têm de assegurar, numa altura em que se veem obrigados a fechar em vários horários. A Associação Nacional de Restaurantes foi uma delas, desafiando o Governo a conceder apoios às rendas, a incentivar o consumo e a reduzir o IVA.
O Executivo estará já a preparar uma resposta a este problema, nomeadamente tendo em análise dar um apoio a fundo perdido para ajudar a suportar as rendas comerciais, segundo admitiu esta quinta-feira o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira. Depois de reunir com várias associações e confederações patronais o responsável prometeu um pacote de medidas que dê “previsibilidade e estabilidade” nos apoios aos empresários.
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