Preço do leite não deve mexer em 2021, mas salário mínimo pode trazer subidas
Não se preveem alterações substanciais no preço do leite no início do próximo ano, mas o aumento do salário mínimo e das cotações das matérias-primas para alimentação animal podem fazer pressão.
O preço do leite não deve mexer no início de 2021, prevê a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenalac). Ainda assim, o aumento do salário mínimo e a subida que se tem verificado das cotações das matérias-primas para alimentação animal podem constituir-se como fatores de pressão para uma subida dos preços.
“Nas próximas semanas, não se prevê alterações substanciais do mercado que resultem em variações dos preços do leite ao consumidor”, adiantou secretário-geral da Fenalac, ao ECO. Fernando Cardoso sublinhou, no entanto, que o mercado é livre e, “como tal, não há possibilidade de fixar preços”.
O secretário-geral admite que fatores como “o previsível aumento do salário mínimo e uma tendência de aumento das cotações das matérias-primas para alimentação animal podem constituir-se como fatores de pressão em alta” nos preços do leite.
Apesar disto, a repercussão destes fatores nos preços de comercialização “depende em grande medida do comportamento da Grande Distribuição, cujos operadores pautam a sua atuação pelo diferimento no tempo destas tendências”, ressalva Fernando Cardoso.
O Governo já propôs aos parceiros sociais um aumento de 30 euros por mês no salário mínimo nacional no próximo ano, o que puxará a remuneração mínima para 665 euros mensais.
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