Associação Zero quer que Governo avance com estratégia de reabilitação de edifícios
De acordo com a asociação ambientalista, "o valor anunciado de 620 milhões de euros", para tornar até 2026 os edifícios mais eficientes do ponto de vista energético, "poderá revelar-se insuficiente".
Numa altura em que o frio “aperta” em muitos lares de Portugal continental, a associação ambientalista Zero quer que o Governo avance com a estratégia para a reabilitação de edifícios públicos e privados.
“É a medida verdadeiramente estruturante e de longo prazo necessária implementar e cujo avanço deve ter lugar em breve”, refere em comunicado a Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável, em “termos de intervenção do Governo”, invocando que “o valor anunciado de 620 milhões de euros”, para tornar até 2026 os edifícios mais eficientes do ponto de vista energético, “apesar de muito significativo, poderá revelar-se mesmo assim insuficiente”.
A organização considera que o financiamento anunciado, e inscrito no programa de recuperação e resiliência, pode “ser devidamente alavancado” com outros apoios “para dar uma resposta mais abrangente às necessidades de remodelação do edificado”.
A Zero defende, igualmente, “a necessidade da extensão do financiamento entretanto esgotado do Fundo Ambiental no âmbito do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis”.
“O frio que assola Portugal nos últimos dias deve levar a medidas imediatas por parte dos consumidores e à aceleração das estratégias de combate à pobreza energética e de renovação de edifícios. De acordo com dados relativos a 2019 do EUROSTAT, Portugal é dos países da União Europeia (UE) em que mais pessoas, quase dois milhões no total, não têm capacidade para aquecer as suas casas (18,9% da população em Portugal por comparação com uma média de 6,9% na UE-27)”, refere a Zero em comunicado.
Dirigindo-se aos consumidores, a associação recomenda, para garantir um conforto térmico mais eficiente em casa, o isolamento com ecomateriais ou materiais reciclados em coberturas ou pavimentos interiores ou exteriores e em paredes exteriores ou interiores, assim como o uso de aparelhos de ar condicionado/bomba de calor em substituição dos irradiadores elétricos a óleo ou dos termoventiladores.
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