Mota-Engil dispara mais de 5%, mas família EDP trava bolsa de Lisboa
Lisboa acompanhou as perdas registadas na Europa. Nem o disparo de 5,62% da Mota-Engil "salvou" a bolsa em mais uma sessão de quedas para a EDP Renováveis.
Lisboa terminou a sessão em baixa ligeira, acompanhando a tendência da generalidade das praças europeias. No PSI-20 a “estrela” da sessão foi a Mota-Engil, que disparou 5,62%, após ter fechado o maior contrato da sua história. Contudo, as perdas da família EDP pesaram no índice de referência nacional.
Na Europa, o Stoxx 600 avançou 0,1%, enquanto o britânico FTSE 100 desvalorizou 0,6%, o francês CAC-40 perdeu 0,2%, a par como o espanhol IBEX-35, já o alemão DAX cedeu 0,1%, isto numa altura em que os investidores aguardam pelo arranque da ernings season dos EUA relativa ao quarto trimestre. Lisboa acompanhou a tendência vivida nas restantes praças europeias, com o PSI-20 a recuar 0,21% para os 5.126,95 pontos, com 13 cotadas em “terreno” positivo e cinco no “vermelho”.
Na praça nacional, o destaque da sessão foi a Mota-Engil que viu as suas ações valorizar 5,62% para os 1,5040 euros por títulos, após a empresa ter fechado um contrato de 1.820 milhões de dólares (cerca de 1.488 milhões de euros) na Nigéria, o qual diz ser o maior da sua história.
Entre os “pesos-pesados”, nota positiva ainda para o BCP e Galp Energia. Depois do “tombo” de mais de 6% na sessão anterior, o banco liderado por Miguel Maya avançou 3,68% para os 13,75 cêntimos. Ao mesmo tempo, a petrolífera portuguesa valorizou 3,15% para os 9,5080 euros, beneficiando do avanço das cotações de petróleo nos mercados internacionais. O Brent, de referência europeia, avança 1,62% para os 56,57 dólares, ao passo que o WTI está a ganhar 1,61% para os 53,09 dólares, em Nova Iorque.
Em contraciclo, e a impedir o PSI-20 de valorizar estiveram as cotadas da família EDP. Após uma semana de recordes, a EDP Renováveis voltou a estar sob pressão. A subsidiária recuou 3,51% para os 23,40 euros, depois de esta terça-feira a Kepler Cheuvreux ter cortado a avaliação dos seus títulos, atribuindo-lhes, ainda assim, um preço-alvo de 25 euros. Também no dia anterior, a JP Morgan cortou a recomendação para “neutral” de “overweight“, considerando que as ações estão caras. O banco de investimento defendeu que, para justificar o atual preço, a eólica precisava de mais 4,6 GW de energias renováveis por ano até 2030, o que é 2,2 vezes o planeado para 2021.
Esta terça-feira a EDP Renováveis anunciou, em comunicado, que vai receber um financiamento de 112 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do Banco BPI para construir em Portugal dois parques eólicos com uma capacidade instalada total de 125 MW, nos distritos de Coimbra e da Guarda. Ao mesmo tempo, a “casa-mãe” recuou 3,03% para os 5,38 euros.
A pesar no índice de referência nacional, esteve também a Jerónimo Martins. Os títulos da retalhista recuaram 2% para os 14,49 euros, isto no dia em que a empresa dona do Pingo Doce divulga os resultados preliminares relativos às vendas de 2020.
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