Vodafone Portugal resiste à pandemia. Ataca leilão do 5G

Entre outubro e dezembro, as receitas totais da Vodafone Portugal atingiram os 277 milhões de euros. Olhando para as receitas de serviços, alcançou quase o mesmo resultado do período homólogo.

A Vodafone Portugal viu as receitas de serviços encolherem muito ligeiramente. No terceiro trimestre fiscal, o último de 2020, registaram uma quebra de 0,1% para os 247 milhões de euros, revelou a empresa num comunicado em que volta a atacar o leilão do 5G. Fala em “tempos cinzentos” para o setor das telecomunicações.

Entre outubro e dezembro, as receitas totais da operadora de telecomunicações atingiram os 277 milhões de euros, o que representa uma subida de 0,6% face ao período homólogo. Não obstante, analisando apenas as receitas de serviços, estas “ficaram praticamente estáveis”, com uma quebra de 0,1% face ao período do ano passado (247 milhões de euros). “O principal indicador de negócios mostrou-se resiliente face à conjuntura desafiante”, diz.

Em comunicado, a empresa liderada por Mário Vaz revela que estes resultados foram impactados pelo “recuo das receitas de roaming, dos visitors e da venda de cartões pré-pago no trimestre findo em dezembro” provocado pela crise de Covid-19.

Quanto à banda larga, a base de clientes totalizou os 799 mil, o que representa um crescimento de 9,8% face ao trimestre homólogo de 2019, sinalizando que “num contexto de obrigatoriedade do trabalho remoto”, qualidade da banda larga fixa é especialmente relevante”.

Já no que toca aos subscritores de TV, a base de clientes cresceu 10,7% face ao período homólogo para 735 mil clientes. Ao mesmo tempo, a rede de fibra ótica (FTTH) atingiu “3,7 milhões de lares e empresas” no final de dezembro de 2020, o que representa um crescimento de 8%, aponta a empresa na nota de imprensa.

Em contrapartida, no segmento móvel, a Vodafone Portugal registou, em final de dezembro, uma queda de 4,4% para os 4,54 milhões de clientes, isto apesar de em outubro ter “assinado com a Nos um acordo histórico de partilha de ativos móveis a nível nacional”, com o intuito de permitir “um desenvolvimento mais rápido e eficiente das redes móveis em todo o País”.

5G traz “tempos cinzentos”

Na apresentação das contas, a Vodafone Portugal não esquece o 5G, voltando a criticar o leilão que está a decorrer neste momento com vista à implementação destas novas redes no país.

O último trimestre do ano “ficou ainda marcado pelo leilão do 5G”, o qual considera que se trata de “uma oportunidade única para a aceleração do desenvolvimento do país”.

No entanto, diz que este processo fica marcado “como um momento de litigância e de pronuncio de tempos cinzentos para o futuro deste setor”, atira Mário Vaz, em comunicado.

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