CDS quer chamar ao Parlamento a administração do Banco Português de Fomento

"Extraordinária dimensão de financiamento comunitário a ser injetado no país merece e necessita do máximo de escrutínio ao desenvolvimento, uma eficácia e transparência proporcionais", diz CDS.

O CDS quer que a administração do Banco Português de Fomento vá ao Parlamento explicar a sua estratégia e plano de atividades.

O grupo parlamentar o CDS entregou esta sexta-feira um pedido de “audição da Administração do Banco Português de Fomento, para apresentar e esclarecer o Parlamento sobre a Estratégia e o Plano de Atividades, bem como outros instrumentos relevantes de apoio ao planeamento da atividade desta Instituição, para o ano de 2021”.

A “extraordinária dimensão de financiamento comunitário a ser injetado no país merece e necessita do máximo de escrutínio ao desenvolvimento, uma eficácia e transparência proporcionais“, justifica o deputado João Gonçalves Pereira no pedido dirigido ao presidente da comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

Passados três meses que o Banco iniciou formalmente as suas funções, com uma equipa de gestão que integra os quadros oriundos dos vários organismos societários que a compõem, e recentemente composto também com o anunciado chairman Vítor Fernandes, urge conhecer o Programa a executar por esta mesma Instituição”, acrescenta ainda o deputado centrista.

Para além das críticas de que o Banco tem sido alvo, por não ter uma atividade muito distinta do que a SPGM já fazia, a instituição está agora envolta em nova polémica devido à escolha de Vítor Fernandes para chairman, uma escolha que o ECO avançou em primeira mão. O Bloco de Esquerda questionou o ministro das Finanças, na terça-feira, relativamente a esta escolha. Mariana Mortágua lembrou uma proposta do PS no âmbito da comissão de inquérito à Caixa, em 2019. Os socialistas pretendiam que constasse no relatório final a ideia de que “Maldonado Gonelha, Armando Vara, Celeste Cardona, Francisco Bandeira, Norberto Rosa e Vítor Fernandes tiveram intervenção direta nos créditos mais problemáticos”.

O ministro das Finanças, João Leão, frisou que é alguém com um currículo “relevante”, mas revelou que a responsabilidade nessa nomeação foi de Siza Vieira. No dia seguinte, o ministro da Economia saiu em defesa de Vítor Fernandes frisando que não participou nas decisões de crédito da CGD que foram analisadas na comissão de inquérito e recordou que o gestor será alvo da avaliação dos supervisores quanto à sua idoneidade.

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