Vítor Fernandes vai ser o chairman do Banco Português de Fomento

Vítor Fernandes até outubro integrava o conselho de administração do Novo Banco. Foi administrador do BCP, da Caixa Geral de Depósitos e presidente executivo da Seguradora Mundial Confiança.

Vítor Fernandes, um dos administradores que saiu em outubro da equipa de António Ramalho, aquando da renovação do mandato do conselho de administração do Novo Banco, vai ser o chairman do Banco Português de Fomento, apurou o ECO.

O responsável foi administrador do Banco Comercial Português, da Caixa Geral de Depósitos e presidente executivo da Seguradora Mundial Confiança, antes de ter integrado, em setembro 2014, o conselho de administração do Novo Banco na altura dirigido por Eduardo Stock da Cunha.

A saída da equipa de António Ramalho deveu-se a “divergências estratégicas”, como avançou o Público, divergência que o Novo Banco rejeita. “Há algum tempo percebi que não fazia parte da equipa core [estratégica] da Lone Star e portanto decidi que o melhor seria não renovar”, foi a resposta que Vítor Fernandes, deu ao Público para explicar a sua saída.

O seu nome voltou às páginas dos jornais porque é um dos 20 nomes da lista de audições que o CDS pretende que sejam realizadas na comissão de inquérito ao Novo Banco.

O ECO questionou oficialmente o Ministério da Economia, mas não obteve resposta até à publicação desta notícia.

A equipa do Banco de Fomento tem sido conhecida a conta-gotas, com os nomes envoltos em grande sigilo. Oficialmente a resposta é de que “ainda não há qualquer nomeação e não haverá antes de a assembleia geral ter lugar”, mas o ECO avançou que a solução para a presidência executiva da instituição é de continuidade.

Beatriz Freitas que já assegura neste momento o cargo, na sequência da fusão das três instituições que deram origem ao banco promocional, foi a escolhida para CEO do banco. O seu nome, tal como o de todo o conselho de administração, ainda vai ter de passar pelo crivo do Banco do Portugal e da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap) se o Executivo assim o entender.

O Banco Português de Fomento nasceu da fusão na Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM), da Instituição Financeira de Desenvolvimento e da PME Investimentos. De acordo com as regras definidas, a liderança da nova estrutura passou a ser assegurada pela direção da própria SPGM até à nomeação da nova administração. Uma nomeação que se tem revelado difícil, porque muitos dos convites endereçados foram recusados, muitas vezes devido aos valores das remunerações, que são limitadas pelo Estatuto do Gestor Público, sabe o ECO. Ou seja, ninguém pode ganhar mais do que o primeiro-ministro (5.436,6 euros), a não ser que opte pelo salário do seu lugar de origem ou tenha uma autorização do ministro das Finanças.

De acordo com o decreto lei de criação do BPF, a instituição irá ter entre sete e 11 membros no conselho de administração. “Para além dos três membros que integram a comissão de auditoria, o conselho de administração é composto por administradores executivos, e por um a três administradores não executivos”, pode ler-se no documento. O mandato é de três anos, com a possibilidade de recondução por três vezes.

Além disso, está prevista a criação de um conselho consultivo compostos por dez a 20 representantes dos stakeholders relevantes para a atividade do banco, mas também por personalidades independentes com mérito científico e técnico que serão nomeados pelo Governo. O mandato também será de três anos, mas apenas poderá ser renovado uma vez.

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