Lloyds de Horta Osório regista lucros de 1,4 mil milhões em 2020

Lucros do Lloyds caíram para metade no ano passado por causa da pandemia, tendo ficado, ainda assim, acima do esperado pelo mercado. Horta Osório deixa perspetiva positiva para futuro.

O banco britânico Lloyds registou lucros de 1,4 mil milhões de libras (cerca de 1,6 mil milhões de euros) em 2020, o que representa uma queda de mais de 50% em relação a 2019, naqueles que são os últimos resultados anuais de Horta Osório à frente do banco britânico.

O gestor português está de saída da liderança do Lloyds — sai em maio, depois de apresentar as contas do primeiro trimestre — depois de uma década que permitiu ao banco dar um passo em frente após o resgate público na sequência da crise financeira de 2008.

Horta Osório prepara-se agora para dois novos desafios, um deles em Portugal. Vai ser chairman da farmacêutica Bial e será ainda o chairman do banco suíço Credit Suisse.

Na mensagem aos acionistas, o banqueiro português deixou uma visão positiva para o futuro, apesar do duro impacto da pandemia. “Olhando para o futuro, permanecem incertezas significativas, especificamente relacionadas à pandemia de coronavírus e à velocidade e eficácia do programa de vacinação no Reino Unido e em todo o mundo. Continuo confiante de que o propósito claro do grupo, o seu modelo de negócios único, as vantagens competitivas significativas e a evolução focada no cliente da nossa estratégia que anunciámos irão garantir que o grupo seja capaz de ajudar o Reino Unido a recuperar e, assim fazendo, ajudar na transição para uma economia sustentável”, sublinhou Horta Osório citado comunicado do banco.

De acordo com o Lloyds, apesar da quebra nos resultados, devido à pandemia, o desempenho superou as estimativas do mercado. O lucro antes de impostos foi de 1,2 mil milhões de libras, acima dos 905 milhões esperados pelos analistas.

O Lloyds também anunciou um dividendo de 0,57 pences por ação, o valor máximo permitido pelo Banco de Inglaterra.

O banco mantém a remuneração aos acionistas apesar dos encargos com imparidades terem atingido os 4,2 mil milhões de libras no ano passado, um montante que também ficou aquém das estimativas de 4,7 mil milhões do mercado e também das próprias previsões do banco a meio do ano passado, que apontavam para um intervalo entre os 4,5 mil milhões e os 5,5 mil milhões.

O banco sublinha que atingiu um rácio cost-to-income de 55,3%, “o melhor do mercado, apesar do impacto do atual ambiente de juros”.

Ao nível de rácios de capital, o Lloyds fechou 2020 com um rácio CET1 de 16,2%, descontado já do montante de dividendos.

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