Michael Page revela as competências mais procuradas para um advogado em 2021

Proatividade, versatilidade, perspicácia comercial, priorização ou até conhecimento do mercado são algumas das competências para 2021 no setor jurídico destacadas pela Michael Page.

Um recente estudo da consultora Michael Page revelou uma lista de algumas das principais competências que um bom advogado deve ter neste ano de 2021. Desde a “perspicácia comercial” à “versatilidade” e “proatividade”, várias são as características destacadas.

“As competências em torno da capacidade de adaptação e do planeamento irão, por isso, continuar a ser essenciais. Entretanto, os avanços tecnológicos estão a desenvolver o quotidiano dos profissionais, com a IA e a automatização a fazer desaparecer algumas tarefas administrativas tradicionais”, refere o documento.

Uma das competências mencionadas pelo estudo é a perspicácia comercial. Cientes da importância de cada profissional demonstrar o seu valor financeiro para a empresa, a consultora considerou que as pessoas que possuem esta competência muitas vezes adotam uma mentalidade pragmática.

“Tal envolve a identificação e, depois, o equilíbrio das oportunidades e das ameaças através da análise das tendências e da averiguação do que a concorrência está a fazer. A sua tolerância ao risco pode definir em grande medida o seu nível de perspicácia comercial”, nota o estudo.

A perspicácia académica demonstrável é também apontada, uma vez que a aprendizagem contínua irá ser útil no setor. “Uma sólida formação académica é essencial na maioria dos casos e também ajuda a obter funções contratuais de auxiliar jurídico e de formação. No entanto, não é este o nível em que a perspicácia académica começa e acaba. Os estudos de pós‑graduação, por exemplo em propriedade intelectual, são muitas vezes úteis para colmatar a lacuna entre o conhecimento académico e a formação profissional“, explica o estudo.

O estudo da consultora revela que a priorização é uma competência importante, pois é necessário avaliar o volume de trabalho e definir prioridades nas tarefas. “A competência da priorização está estreitamente relacionada com a perspicácia comercial e a comunicação, pelo que as decisões não devem ser tomadas com base em quem grita mais alto, mas sim onde se encontram as maiores oportunidades empresariais“, explica.

A melhoria de competências proativas é também apontada, sendo a proatividade benéfica tanto para o indivíduo como para a empresa. Segundo o estudo, as pessoas talentosas não esperam que lhes sejam apresentadas tarefas nem que a sua próxima oportunidade esteja ao “virar da esquina”, resolvendo assim os problemas de forma proativa.

“Por exemplo, muitos auxiliares jurídicos esforçam-se por qualificar-se como advogados no futuro e alcançam este objetivo adotando uma abordagem dinâmica em relação à melhoria de competências. Se forem proativos nas suas funções de apoio jurídico, a solicitação de trabalho adicional ajuda-os a obter exposição a trabalho mais complexo e interessante, bem como eventualmente a conseguir de um contrato de formação”, exemplifica.

Na lista apresentada pela Michael Page o conhecimento de mercado e a versatilidade são também destacadas como duas das competências em destaque para 2021. A primeira diz respeito ao conhecimento do que se passa no mundo e que está a acontecer no mercado, bem como saber “reagir às oportunidades para descortinar nova e potenciais fontes de receita”. Já a versatilidade é essencial de forma a garantir a empregabilidade a longo prazo.

A influência das partes interessadas é outra das competências. “Na atividade jurídica, a gestão das partes interessadas trata-se de muito mais do que o desenvolvimento de uma ampla rede de contactos, apesar de tal ser certamente útil para os indivíduos ao longo da sua carreira. Trata-se mais de ter a capacidade de comunicar de forma eficaz e de garantir que são tomadas as decisões certas numa situação de encruzilhada”, nota.

Por fim, o estudo aponta a preparação para o futuro como um dos fatores diferenciadores para 2021, uma vez que estar de “olho no futuro” é importante.

“De acordo com a PwC, os principais escritórios de advocacia encaram o crescimento da tecnologia como o maior desafio que o setor terá de enfrentar nos próximos anos. No entanto, os avanços como a IA e a automatização também apresentam enormes oportunidades, ocupando-se das tarefas administrativas anteriormente penosas. Numa base individual, é importante saber onde quer chegar na sua carreira e preparar de forma contínua o seu conjunto de competências para o futuro para garantir que está pronto para tirar partido das oportunidades“, refere.

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