Novo Banco fecha venda de malparado com impacto “marginalmente positivo” nas contas de 2021
Banco liderado por António Ramalho confirma que está fechada a venda de uma carteira com um valor de 216,3 milhões ao fundo Davidson Kempner.
O Novo Banco fechou a venda de mais uma carteira de crédito malparado ao fundo à Davidson Kempner. São 216,3 milhões de euros em ativos que vão ter um impacto “marginalmente positivo” para as contas, segundo anunciou este sábado o banco liderado por António Ramalho, confirmando a notícia avançada pela Bloomberg esta semana.
“Após conclusão de um processo de venda competitivo, o Novo Banco celebrou com a Burlington Loan Management DAC, uma sociedade afiliada e aconselhada pela Davidson Kempner European Partners, LLP, um contrato de vompra e venda de uma carteira de créditos não produtivos (non-performing loans) e ativos relacionados (no seu conjunto, Projeto Wilkinson) com um valor nominal (outstanding balance) de 216,3 milhões de euros, a dezembro de 2020″.
Esta carteira “Wilkinson” é composta por créditos singles names, ou seja, grandes devedores do Novo Banco, mas que não se encontram dentro do perímetro do acordo de capital contingente, o qual determina injeções do Fundo de Resolução sempre que ocorrem perdas com um conjunto de ativos problemáticos.
“A concretização da operação, nos termos acordados, deverá ter um impacto direto neutral a marginalmente positivo na demonstração de resultados e no capital do Novo Banco em 2021. O contrato está sujeito a ajustamentos de perímetro habituais em operações desta natureza”, diz.
Como o ECO avançou em dezembro, o Novo Banco tinha selecionado uma short list com três fundos internacionais no âmbito do “Projeto Wilkinson”: a Davidson Kempner, a Atena Equity Partners (em consórcio com a Blantyre) e o Bank of America Merrill Lynch. A corrida por este portefólio terminou com a Davidson Kempner a ser o comprador.
Trata-se do mesmo fundo que, em 2019, comprou a carteira “Nata 2” ao banco liderado por António Ramalho num negócio que veio a revelar-se polémico por causa das perdas que gerou para o Fundo de Resolução.
Mas desta vez não deverá acontecer o mesmo já que “os créditos não produtivos e ativos relacionados incluídos neste portefólio não se encontram abrangidos pelo Mecanismo de Capital Contingente“, explica o banco. “Esta transação representa mais um marco relevante no processo de desinvestimento de ativos não produtivos (NPA – non-performing assets), permitindo ao Novo Banco prosseguir a sua estratégia de foco no negócio bancário doméstico”, acrescenta.
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