Repsol submeteu 30 projetos ao Next Generation da UE no valor de 5,9 mil milhões

O portfólio inclui oito projetos de hidrogénio renovável, nove de economia circular, quatro de geração renovável e armazenamento, oito de energia distribuída e mobilidade elétrica.

O chairman da Repsol, Antonio Brufau, anunciou esta sexta-feira, na assembleia-geral de acionistas em Madrid que no âmbito das convocatórias de manifestações de interesse levadas a cabo pelo Governo espanhol a petrolífera tem 30 projetos candidatos aos fundos europeus Next Generation, com um investimento total associado de 5.959 milhões de euros, que “combinam tecnologia, descarbonização, economia circular, criação de emprego de qualidade e equilíbrio territorial”.

Este portefólio de iniciativas propostas pela Repsol inclui oito projetos de hidrogénio renovável, nove de economia circular, quatro de geração renovável e armazenamento, oito de energia distribuída e mobilidade elétrica, e um que incide na infraestrutura e transformação digital.

Para o responsável, a eletrificação e as renováveis serão as grandes protagonistas do futuro e “aí estaremos com 15 GW de potência instalada em 2030”, mas também serão imprescindíveis os biocombustíveis, os combustíveis sintéticos, o hidrogénio e a captura de armazenamento de CO2, tal como estabelecem as instituições internacionais de referência.

Estas mesmas organizações consideram que os combustíveis líquidos são também necessários para descarbonizar setores onde a eletrificação não é possível, pelo que a “Repsol assume plenamente a necessidade de evoluir para combustíveis cujo ciclo de vida tenha emissões líquidas nulas de CO2”.

“Isso dá sentido à transformação dos nossos complexos industriais para que se tornem em centros de economia circular e continuem a criar e manter empregos de qualidade com um efeito de equilíbrio territorial”, acrescentou.

“É um facto que os combustíveis líquidos e liquefeitos vão continuar a ser a melhor solução para a mobilidade durante décadas. Os hidrocarbonetos e as atividades de exploração e produção, de refinação e petroquímica, sob rigorosas premissas de descarbonização, vão continuar a ser parte da solução para proporcionar os níveis de prosperidade reclamados pela sociedade”, explicou ainda.

Por fim, Brufau ratificou o objetivo da Repsol de alcançar as zero emissões líquidas em 2050. “O compromisso com os nossos acionistas, colaboradores e clientes, com os cidadãos e a sociedade da qual fazemos parte, não é outro senão continuar a avançar com o nosso projeto estratégico de uma transição energética ordenada, onde os hidrocarbonetos, a economia circular, as energias renováveis e o hidrogénio têm o seu papel e as suas oportunidades”.

Na sua intervenção perante os acionistas, o presidente executivo da Repsol, Josu Jon Imaz, lembrou os marcos de 2020, ano em que a Repsol apresentou o seu Plano Estratégico para os próximos anos, que contempla um investimento total de 18.300 milhões de euros no período 2021-2025, dos quais cerca de 30% serão destinados a projetos baixos em carbono.

“A combinação de diferentes tipos de energia tornará possível alcançar o objetivo de zero emissões líquidas de forma mais eficiente, rápida e com o menor custo possível para o cidadão”, assegurou Josu Jon Imaz.

Destacam-se os projetos industriais de descarbonização através do hidrogénio e os combustíveis sintéticos que serão instalados em Bilbao; a primeira unidade de biocombustíveis avançados de Espanha, que será situada em Cartagena; o desenvolvimento de ativos renováveis na Península Ibérica e a expansão internacional deste negócio, com a criação de uma joint venture no Chile.

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