Grupos prioritários vacinados até 11 de abril. Vice-almirante defende critério etário para a segunda fase
A primeira fase do plano de vacinação contra a Covid-19 deverá estar concluída a 11 de abril, revelou o coordenador da task force. Para a 2ª fase, Gouveia e Melo defende que se use o critério etário.
O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo estima que a primeira fase do plano esteja concluída a 11 de abril. Para a segunda fase de vacinação, que deverá a arrancar a partir de abril, o coordenador da task force defende que o critério “mais justo” é administrar as vacinas por idade.
Segundo o responsável, é expectável que a primeira do plano de vacinação esteja concluída a 11 de abril. Em causa estão os idosos com 80 ou mais anos, os residentes em lares de idosos e as pessoas entre os 50 e os 79 anos com uma de quatro patologias: doenças respiratórias sob suporte ventilatório ou oxigenoterapia de longa duração, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, doença coronária.
“Naturalmente, poderão ficar pequenas bolsas que não conseguimos contactar, mas a grande maioria estará fechada, em princípio, até 11 de abril”, disse Henrique Gouveia e Melo, na audição da comissão de Saúde, no Parlamento, a propósito de um requerimento do PSD, quando questionado pelo deputado Ricardo Baptista Leite.
Ao mesmo tempo, o coordenador da task force apontou ainda que no fim de semana seguinte, entre 17 e 18 de abril, a vacinação da comunidade educativa vai ser acelerada, com 200 mil docentes e não docentes a serem vacinados. Este processo vai servir “para testar as nossas metodologias de vacinar 100 mil pessoas de uma vez, que temos de testar antes de maio, antes de entrarmos com esses ritmos de vacinação”, disse Henrique Gouveia e Melo.
Assim, a segunda fase do plano de vacinação — que vai abranger pessoas entre os 50 e os 64 anos, inclusive, com algumas patologias (diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, hipertensão arterial e obesidade), bem como pessoas entre os 65 e os 79 anos independentemente das doenças — deverá arrancar em meados de abril. Para esta fase, Henrique Gouveia e Melo defende que o “critério mais justo é o critério etário”, tal como já foi defendido pelo bastonário da Ordem dos Médicos, justificando que “há uma correlação muito forte entre estes grupos com a idade”. No entanto, o coordenador sublinha que “quem decide é a DGS”.
Quanto aos 150 centros de vacinação em massa, o vice-almirante disse que estarão em funcionamento a partir de maio, sendo que estes espaços contarão com o apoio de 5.200 profissionais de saúde “que vêm essencialmente do SNS”, mas também de outros que serão contratados. “Estão a ser negociados como vão ser contratos, mas a ideia é usar até 20% dos enfermeiros dos cuidados de saúde primários (ou seja, 1.800 profissionais) e acrescentar enfermeiros que são necessários para os postos de vacinação rápida“, sinalizou Gouveia e Melo, acrescentando que a eficiência da vacinação desde espaços “é quatro vezes superior” quando comparada com os centros de saúde.
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