BPI ajuda colaboradores a fazerem voluntariado. Lança programa interno para funcionários atuais e reformados

O "BPI Voluntariado" faz o match entre voluntários e necessidades das instituições. A expectativa é que a iniciativa aumente a motivação dos colaboradores e impacte na atração de talento.

A generalidade das empresas está cada vez mais empenhada em escutar os colaboradores, em colocar as pessoas no centro e desenhar soluções para aquelas que são as suas necessidades. E às vezes essas necessidades nem dizem diretamente respeito ao empregador, mas acabam por ter impacto na motivação e envolvimento dos colaboradores. Foi assim que nasceu o programa “BPI Voluntariado”.

Depois de verificar que era uma vontade das suas pessoas, o BPI decidiu ajudar os seus colaboradores, atuais e reformados, a terem impacto positivo na sociedade. Para isso, no mês passado lançou uma plataforma de voluntariado que faz o match entre os voluntários e as necessidades das instituições. Há mais de 80 oportunidades de voluntariado, em quase todas as regiões do continente e ilhas, e em diversas áreas de atuação, desde a educação ao acompanhamento de seniores ou apoio à comunidade e capacitação de instituições.

“Lançámos o ‘BPI Voluntariado’, um programa interno de voluntariado aberto a todos os colaboradores do banco e das empresas do grupo em Portugal, bem como aos nossos antigos colaboradores, agora reformados. Queremos proporcionar-lhes a possibilidade de encontrar facilmente projetos solidários que preencham a sua vontade de fazer voluntariado e para os quais possam contribuir com as suas competências pessoais e profissionais”, começa por explica Nuno Cardoso Filipe, diretor de recursos humanos do BPI, em conversa com a Pessoas.

A iniciativa tem sido bastante bem recebida pelos colaboradores. Em pouco mais de um mês, o programa já conta com mais de 540 voluntários registados, sendo que 113 deles estão a participar em alguma das iniciativas atualmente. Carolina Santos é uma das voluntárias ativas. A colaboradora do BPI escolheu dar explicações. Neste momento, dá explicações de matemática a três jovens, do 8.º e 12.º anos. A experiência tem sido “muito positiva”e, sem dúvida, “gratificante”.

“Nestes tempos de pandemia, onde as desigualdades sociais se acentuam, saber que podemos fazer a diferença, chegar a zonas do país tão remotas, é sinónimo de uma grande satisfação”, diz. “Partilho a história de um dos jovens que acompanho. Vive a 250 quilómetros de mim, em Pampilhosa da Serra. Está no 12.º ano de escolaridade e tem negativa a matemática. Neste momento tudo está encaminhado para que termine o ano com a tão desejada positiva. Isto significa evitar um ano perdido e permitir a entrada na universidade”, conta Carolina Santos.

"Se não fosse este voluntariado online, provavelmente seria muito difícil encontrar este apoio, por ser uma zona remota e por haver escassez deste tipo de voluntariado.”

Carolina Santos

Avaliando a experiência enquanto voluntária, a colaboradora do BPI diz que se sente mais criativa na forma como aborda as matérias e como se adapta aos diferentes alunos. E esse desenvolvimento é, em grande parte, graças ao seu empregador. “Se não fosse este voluntariado online, provavelmente seria muito difícil encontrar este apoio, por ser uma zona remota e por haver escassez deste tipo de voluntariado”, admite.

O tipo de voluntariado que Carolina Santos está a fazer é um das oportunidades remotas que o banco oferece, numa altura em que o voluntariado presencial continua a ser mais dificultado. “Temos muitas iniciativas em formato virtual, provando que o voluntariado também pode ser feito por esta via e que, ao sê-lo feito assim, consegue chegar a muitas regiões que, de outra forma, poderiam ser mais desafiantes a este nível. Temos atualmente 16 voluntários a acompanhar os estudos de alunos de risco um pouco por todo o país, ilhas incluídas”, diz o diretor de recursos humanos do BPI.

Retorno em motivação, compromisso e envolvimento

Este programa de voluntariado, com uma oferta diversificada, tanto em formato como em áreas de atuação, surgiu devido às “inúmeras solicitações de colaboradores interessados em fazer voluntariado ativo, mas que tinham dificuldade em encontrar oportunidades”. Para ajudá-los a colmatar esta dificuldade, o banco decidiu desenvolver o “BPI Voluntariado”. O retorno para a empresa chega, sobretudo, em forma de motivação e compromisso.

"O voluntariado tem um impacto social bastante relevante, mas tem também efeitos muito positivos na motivação e realização pessoal dos nossos colaboradores.”

Nuno Cardoso Filipe

Diretor de recursos humanos do BPI

“O voluntariado tem um impacto social bastante relevante, mas tem também efeitos muito positivos na motivação e realização pessoal dos nossos colaboradores”, afirma Nuno Cardoso Filipe. “Com esta política ativa de voluntariado estamos certos de que vamos aumentar o envolvimento com o banco, seja dos colaboradores no ativo ou em situação de reforma. Há um reforço do sentimento de pertença e mesmo de orgulho das pessoas, entusiasmadas com a possibilidade de reforçar o impacto positivo do banco na sociedade”, acrescenta.

Por outro lado, além de reter, o banco acredita que este tipo de iniciativas pode, também, ter um impacto significativo ao nível da atração de talento, nomeadamente talento mais jovem. “A nossa experiência diz-nos que o talento jovem valoriza as organizações que ofereçam um propósito, seja em termos de responsabilidade social ou até com uma perspetiva mais abrangente de sustentabilidade”, explica.

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