Assembleia-geral da mutualista Montepio aprovou novos estatutos e reunião continua dia 26
Um dos associados presentes na reunião magna explicou que a assembleia foi suspensa pela meia-noite, uma vez que os pontos que ainda faltavam envolviam muito debate.
A assembleia-geral da Associação Mutualista Montepio Geral, realizada na segunda-feira à noite, aprovou as alterações aos novos estatutos, tendo sido posteriormente suspensa, continuando os outros pontos da reunião em discussão no dia 26.
Em comunicado, a mutualista indicou que na reunião magna, em que participaram cerca de 250 associados, foram aprovados os primeiros dois pontos da ordem de trabalhos, as alterações aos novos estatutos e a proposta de regulamento eleitoral dos órgãos sociais, tendo sido posteriormente suspensa por “não ser previsível poder concluir-se a discussão no tempo regulamentar”.
A nova assembleia-geral realiza-se a 26 de maio, às 21h00, no mesmo local (Auditório da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa).
Um dos associados presentes na reunião magna explicou à Lusa que a assembleia foi suspensa pela meia-noite, uma vez que os pontos que ainda faltavam envolviam muito debate (plano de ação de 2021, contas de 2020 e ainda propostas de melhoria dos estatutos que foram apresentadas durante a reunião) e seria incomportável levar os trabalhos a cabo pela madrugada dentro.
A Associação Mutualista Montepio Geral teve prejuízos de quase 18 milhões de euros em 2020, melhor do que os 408,789 milhões de euros negativos de 2019, segundo o relatório e contas que apresenta novamente reservas da auditora.
A PwC considera que o valor registado em ativos por impostos diferidos (de 867,6 milhões de euros, que permitem melhorar os resultados) não é recuperável.
Já o relatório do grupo de trabalho dos ativos diferidos, também divulgado no relatório e contas, diverge da PWC ao concluir da recuperabilidade desses ativos.
Em dezembro vão realizar-se eleições para a Associação Mutualista Montepio Geral, para eleição de Conselho de Administração, Conselho Fiscal, mesa da assembleia-geral e assembleia de representantes (o novo órgão social da mutualista, ao abrigo dos novos estatutos, que substitui o Conselho Geral).
O Expresso noticiou há duas semanas que candidatos que fizeram parte das listas derrotadas nas últimas eleições, em dezembro de 2018, lideradas então por Fernando Ribeiro Mendes e António Godinho, podem assumir uma candidatura conjunta para afastar a atual administração liderada por Virgílio Lima.
Poderá haver ainda uma terceira lista que envolve quadros e diretores do grupo.
Essa lista poderá concorrer autonomamente ou unir-se à lista da continuidade da direção atual ou à lista da oposição, segundo informações recolhidas pela Lusa.
A Associação Mutualista Montepio Geral – que tinha 598.438 associados no fim de 2020 (menos 3.346 do que em 2019) – tem como principal empresa o banco Montepio. É liderada por Virgílio Lima, que em dezembro de 2019 sucedeu a Tomás Correia (presidente durante 11 anos e que saiu face a processos de contraordenação).
Os candidatos à direção da mutualista e ao Conselho Fiscal deverão ter de apresentar-se ainda no verão, uma vez que os seus nomes terão antes das eleições de ser aprovados pela ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões.
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