Mota-Engil obtém mais de 100 milhões em aumento de capital

Operação permite entrada dos chineses da CCCC no capital da construtora portuguesa.

A Mota-Engil vai encaixar de mais de 100 milhões de euros com o aumento de capital que realizou nas últimas semanas, numa operação que permite a entrada do grupo chinês CCCC no capital da construtora portuguesa.

A empresa liderada por Gonçalo Moura Martins revelou esta quarta-feira que a procura na operação ascendeu a 69.270.809 novas ações, que foram “vendidas” ao preço de 1,5 euros (1 euro de valor nominal, com um ágio de 0,50 euros), perfazendo um encaixe financeiro de 103,4 milhões de euros.

Desta forma, com as ações emitidas com o valor nominal de 1 euro, a construtora portuguesa aumentou o seu capital em mais de 69 milhões de euros, passando dos 235,5 milhões de euros para os 306,8 milhões de euros.

A operação estava reservada aos atuais acionistas da Mota-Engil e a outros investidores que tenham adquirido direitos de subscrição. A construtora diz que a subscrição ficou “incompleta” tendo em conta que o aumento de capital ia até à emissão de 100 milhões de novas ações (150 milhões de euros).

“No exercício de direitos de subscrição foram objeto de subscrição proporcional 69.142.358 novas ações, representativas de cerca de 69,1% do total de novas ações a emitir no âmbito da oferta”, adianta a Mota-Engil em comunicado enviado ao mercado.

Ficaram disponíveis para rateio 30.857.642 ações, sendo que os pedidos suplementares de novas ações sujeitos a rateio totalizaram 128.451 ações, que correspondem a 0,4% da quantidade disponível para o efeito, detalha a empresa.

Com o aumento de capital, conclui-se a operação de entrada dos chineses da CCCC na Mota-Engil. As duas partes já tinham anunciado o negócio em agosto passado. No âmbito do acordo, o grupo chinês comprou 55 milhões de ações (23% do capital) da construtora portuguesa à MGP – Mota Gestão e Participações, por 169,4 milhões de euros (ao preço de 3,08 euros por ação). O negócio implicava que a família Mota cedesse direitos de subscrição necessários para os chineses comprarem 44,4 milhões de ações no aumento de capital.

Por seu turno, a família Mota também se comprometeu a participar nesta operação de reforço de capital com o encaixe realizado com a venda da participação à CCCC.

(Notícia atualizada às 18h21)

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