Loures não concorda com a municipalização da Carris
O presidente da Câmara de Loures afirmou a necessidade de uma gestão intermunicipal da empresa de transporte, mas é o único da Área Metropolitana a pensar assim.
A entrega da gestão da Carris à Câmara de Lisboa é aceite por quatro dos cinco municípios da Área Metropolitana de Lisboa, com Loures a contestar a decisão do governo. A notícia é dada hoje pelo Jornal de Negócios (acesso pago), que afirma que a Câmara de Loures rejeita a municipalização da empresa de transportes.
Em declarações ao jornal, o presidente eleito pelo PCP afirma que o facto de a Carris estar sob responsabilidade exclusiva de Lisboa “põe em causa uma gestão que tem de ser metropolitana e não assegura a manutenção do serviço público de qualidade”, relembrando que os utilizadores dos serviços da empresa “ultrapassam largamente a população do concelho de Lisboa“.
Num meio-termo entre a municipalização e a partilha de gestão está a Câmara de Oeiras que, pelas palavras do independente Paulo Vistas, defende um modelo de gestão partilhado “se houver um benefício para os utilizadores e se melhorar a articulação com outros meios de transporte”.
Odivelas e Amadora posicionam-se no mesmo campo, afirmando que não há necessidade de gestão intermunicipal, exigindo ainda assim que querem ser consultadas em decisões que tragam consequências para o seu território. Quem garante que não foi, de todo, consultado acerca deste assunto é o presidente do município de Almada, Joaquim Judas, que ainda não tem uma posição definida acerca da polémica.
As bancadas parlamentares também não mostram consenso acerca deste assunto, com o PSD, o CDS e o PCP a afirmarem que esta pasta não deveria passar para as mãos da Câmara de Lisboa e o PS a garantir que esta é a opção certa. O parlamento vai discutir a gestão da Carris e também da STCP dia 24 de fevereiro.
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