Portugal demora dois anos e três trimestres a recuperar da pandemia. China demorou um trimestre e Argentina demorará mais de cinco anos
A OCDE prevê que a economia portuguesa demore dois anos e três trimestres a recuperar o PIB per capita que tinha antes da pandemia. China é o país que demora menos, Argentina o que demora mais.
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê que Portugal seja um dos países com economias avançadas que mais vai demorar a recuperar da crise pandémica. Serão precisos dois anos e três trimestres para que o PIB per capita português volte ao nível do final de 2019. No caso da China, foi preciso apenas um trimestre. Na Argentina serão necessários mais de cinco anos.
A estimativa é feita pela OCDE com base no Economic Outlook de maio divulgado esta segunda-feira em que melhora as previsões de crescimento económico. “Quanto tempo para recuperar o nível de PIB per capita pré-pandemia?“, questiona a Organização, mostrando os resultados das suas estimativas para as principais economias do mundo, tanto as emergentes como as avançadas.
No caso de Portugal, a OCDE estima que recuperação económica pós-pandemia esteja completa no terceiro trimestre de 2022, tal como é esperado também pela Comissão Europeia e o Governo. Apesar de ser uma das economias avançadas que mais tempo demora, Portugal está melhor do que Espanha onde a retoma só estará completa no segundo trimestre de 2023, três anos e dois trimestres após a chegada da pandemia.
Entre as economias avançadas, a Islândia é o país que mais vai demorar a recuperar, num total de três anos e três trimestres, seguindo-se Espanha e a Bélgica (três anos). A Áustria, França e Eslovénia vão demorar o mesmo tempo que Portugal.
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Nesse mesmo universo, o país que recupera mais rapidamente é a Lituânia (um ano e um trimestre), seguido da Irlanda, Coreia do Sul e Estados Unidos (um ano e dois trimestres). Cerca de metade das economias avançadas vão recuperar até ao final de 2021 e as restantes até ao final de 2022, apenas com a exceção de Espanha e Islândia, dois países mais dependentes do turismo.
Quando a análise é alargada às economias emergentes, tanto surgem casos de países com uma retoma mais rápida como economias que vão demorar muito mais a recuperar. Por um lado, a China conseguiu recuperar totalmente em apenas um trimestre (segundo trimestre de 2020), após ter sido a primeira economia chinesa a ser afetada pela pandemia. Na Turquia a retoma ficou completa no terceiro trimestre do ano passado.
Por outro lado, a economia da Argentina apenas recuperará da crise pandémica, de acordo com as previsões da OCDE, no segundo trimestre de 2026, demorando mais de cinco anos. Segue-se a África do Sul, que vai demorar quatro anos, e a Arábia Saudita, que vai demorar três anos e um trimestre.
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