Conta da luz agrava no regulado, mas EDP Comercial não sobe preços até ao fim do ano
Apesar dos preços grossistas em alta, devido ao aumento do preço do gás e das licenças de CO2, a elétrica não prevê alterar preços. A EDP detém 75,2% dos 5,4 milhões dos clientes em mercado livre.
Apesar dos preços da energia elétrica em alta nos mercados grossistas — 25% acima do inicialmente previsto para 2021 — a EDP Comercial já veio garantir que não irá aumentar os preços das tarifas de eletricidade este ano. Em causa está a elevada cotação das licenças de dióxido de carbono (CO2), que fez disparar os preços no Mibel e as estimativas da ERSE de 49,52 euros/MWh para 61,85 euros/MWh, o que corresponde a um desvio de 12,33 euros/MWh.
A notícia de que a EDP vai assim “manter os preços da eletricidade inalterados ao longo do ano” foi avançada pelo Expresso (acesso livre) e confirmada pelo ECO junto de fonte oficial da elétrica, depois da ERSE ter anunciado que os preços da energia no mercado regulado vão subir em média 3% já a partir do próximo mês de julho. Esta medida vai afetar apenas 954 mil consumidores com tarifas reguladas (cerca de 5% do consumo de eletricidade em Portugal).
“A EDP Comercial tem como princípio garantir uma política de estabilidade e previsibilidade aos seus clientes residenciais. Assim, e apesar de os preços grossistas estarem a subir de forma significativa, devido ao aumento do preço do gás e das licenças de CO2, não está prevista qualquer alteração nos preços pagos pelos nossos clientes em 2021″, garantiu fonte oficial da EDP.
Os dados mais recentes da ERSE (de fevereiro de 2021) mostram que a EDP mantém a sua posição como principal operador no mercado livre, com 75,2% dos 5,4 milhões de consumidores em mercado livre, ainda que esteja a perder quota de mercado há já vários meses.
A ERSE anunciou esta segunda-feira que decidiu atualizar o preço da tarifa de energia do mercado regulado, “em 5 euros por MWh“, face ao aumento de preços de energia no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL). A revisão traduz-se num aumento de cerca de 1,05 euros na fatura média mensal para a maioria dos consumidores no regulado.
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