Retalho e restauração contestam mais uma “machadada” no setor com novas restrições
A Associação de Marcas de Retalho e Restauração considera que novas medidas restritivas implementadas para combater a pandemia de Covid-19 representam mais uma "machadada" no setor.
A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) considerou esta quarta-feira que as novas medidas restritivas implementadas para combater a pandemia de Covid-19 representam mais uma “machadada” no setor.
A AMRR “entende que as novas medidas restritivas, que se aplicam a um número cada vez mais significativo de municípios, representa mais uma machadada no setor do retalho e da restauração”, pode ler-se num comunicado enviado esta quinta-feira.
No documento, a associação opta por “não se pronunciar sobre as medidas em concreto que são tomadas para salvaguardar a saúde pública”, mas não deixa de “registar a posição tomada pelo Sr. Presidente da República e de outros responsáveis da necessidade de revisitar a matriz e em particular as medidas que são consequência dessa mesma matriz”.
“A AMRR lamenta profundamente que, após meio ano de lojas encerradas e 10 meses de restrições com quebras no seu conjunto superiores a 50% da faturação, entremos no 2.º semestre de 2021 com um número significativo de municípios, representativos de quase 40% da população portuguesa, com restrições severas no retalho e na restauração”, pode ler-se no comunicado.
O presidente da associação, Miguel Pina Martins, afirma, citado no documento, que “o Governo e a Assembleia da República não podem ignorar a realidade”.
A AMRR volta a lamentar, nas palavras do seu presidente, que “o Governo decrete encerramentos sem apresentar qualquer solução compensatório e que a Assembleia da República tenha chumbado propostas legislativas que iam no sentido de trazer algum equilíbrio aos contratos na rua e nos centros comerciais”.
Os restaurantes, comércio alimentar e não alimentar vão ter de fechar mais cedo este fim de semana em mais 16 concelhos, que, devido às taxas de incidência registadas, vão recuar para as regras em vigor em Albufeira, Lisboa e Sesimbra.
A lista dos 19 concelhos que registam taxas de incidência que os colocam em risco muito elevado foi esta quinta-feira referida pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, o que implica que o comércio, os restaurantes, pastelarias e afins passem a ter de encerrar às 15:30 aos fins de semana e feriados.
Durante a semana, a restauração pode funcionar até às 22:30, mas com as regras de lotação a imporem um máximo de quatro pessoas por grupo no interior e de seis pessoas por grupo nas esplanadas e o comércio até às 21:00.
Já os supermercados a restante retalho alimentar têm de encerrar às 19:00 aos fins de semana e feriados.
Estão nesta situação os concelhos de Albufeira, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Constância, Lisboa, Loulé, Loures, Mafra, Mira, Moita, Odivelas, Oeiras, Olhão, Seixal, Sesimbra, Sintra e Sobral de Monte Agraço, ou seja, os que registaram nos últimos 14 dias taxas de incidência acima de 240 casos por cem mil habitantes (ou superior a 480 nos concelhos de baixa densidade).
Há ainda um grupo de 26 concelhos que por registarem taxas de incidência acima de 120 casos por cem mil habitantes (ou superior a 240 nos concelhos de baixa densidade), encontram-se em risco elevado, o que significa que os restaurantes e afins passam a ter de encerrar às 22:30 e que o número de pessoas por grupo seja no máximo de até 10 nas esplanadas e de até seis no interior.
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