Um em cada quatro não responde ou diz “não” ao SMS da vacinação contra a Covid
Grande maioria das respostas aos mais de cinco milhões e meio de SMS enviados para a vacina da Covid-19 foi positiva. Mas quase 25% não responderam ou recusaram o agendamento proposto.
Desde que começou a vacinação contra a Covid-19, as autoridades de saúde enviaram mais de 5,5 milhões de mensagens, incluindo as marcações feitas pelos centros de saúde, bem como as confirmações do auto-agendamento. A grande maioria das respostas foi positiva, mas quase 25% ficaram por responder ou foi recusado o agendamento.
Até esta terça feira, “foram enviadas 5.535.977 SMS de agendamento de vacinação contra a Covid-19″, de acordo com os dados fornecidos pela task force, ao ECO. Deste total, 75,23% (4.164.834 pessoas) responderam “sim” à inoculação e 2,62% (144.821) recusaram o agendamento sugerido.
Os restantes 22,15%, o que corresponde a mais de 1,2 milhões de portugueses, não responderam à mensagem. Feitas as contas, é possível constatar que um em cada quatro utentes (24,77% do total), não responderam ou recusaram o agendamento.
Face à rápida disseminação da variante Delta, nas últimas duas semanas a vacinação contra a Covid-19, tem sido acelerada tendo sido administradas cerca de 1,7 milhões de doses nesse período. Em Portugal, mais de 4,8 milhões de portugueses completaram, o processo de inoculação, o que representa 47% da população portuguesa.
Além do agendamento central e do agendamento local, o auto-agendamento é neste momento o método mais utilizado para acelerar o processo de vacinação em Portugal, sendo que até esta terça-feira já tinham sido submetidos mais de 2,5 milhões de pedidos através deste portal, o que representa cerca de um quarto da população portuguesa, segundo revelou a task force ao ECO.
Lançado a 23 e abril, desde a semana passada, que o auto-agendamento está disponível para os utentes com idade igual ou superior a 23 anos. Contudo, a grande adesão está a provocar filas de espera e há vários distritos sem qualquer vaga. Só na última segunda-feira, estavam 90 mil pessoas em lista de espera, segundo revelou o vice-almirante Gouveia e Melo, ao Público (acesso pago).
Assim, por forma a não sobrecarregar o sistema e devido à quantidade de vacinas que estão disponíveis em Portugal, o planeamento da vacinação teve que ser revisto, pelo que o auto-agendamento dos maiores de 20 anos, que era para ter arrancado no dia 14 de julho, só vai abrir na próxima semana. “A ideia, agora, é abrir o auto-agendamento logo a partir dos 18 anos, em vez de ser apenas a partir de 20 anos, todos ao mesmo tempo, e na próxima semana”, explicou fonte da task force, ao Público.
Face a esta situação, a ministra da Saúde veio esclarecer que Portugal deverá receber, nos próximos dias, mais doses de vacinas Pfizer, mediante a cedência de outros países e ” cujas campanhas de vacinação estão noutra fase”, explicou Marta Temido.
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