Macron muda de telefone e de número após suspeita de espionagem pelo Pegasus

  • Lusa
  • 22 Julho 2021

O presidente francês, Emmanuel Macron, mudou de telefone e de número após suspeita de espionagem no caso Pegasus.

O presidente da república francês, Emmanuel Macron, mudou de telefone e de número de telefone após o seu antigo número ter sido encontrado numa lista alegadamente cedida pelos serviços secretos de Marrocos à empresa israelita NSO Group.

A informação foi divulgada esta quinta-feira pelos meios de comunicação franceses e a decisão terá sido tomada após uma reunião do Conselho de Defesa convocado pelo chefe de Estado francês para hoje de amanhã no Palácio do Eliseu.

O Conselho apreciou as denúncias do consórcio de jornalistas Forbideen Stories que revelou a espionagem feita através do ‘software’ Pegasus, levada a cabo pela empresa israelita NSO Group.

O número de Macron, que este detinha, pelo menos, desde 2017, figurava na lista de cerca de 50.000 revelada pela equipa de jornalistas de investigações.

O número do Presidente francês, mas também de Edouard Philippe, antigo primeiro-ministro e de pelo menos 14 ministros constava numa lista dos números que Marrocos terá pedido à empresa israelita para espiar.

O Presidente também terá decidido esta quinta-feira, segundo diferentes meios de comunicação franceses, reforçar as medidas de cibersegurança nas suas comunicações.

Marrocos, que nega as acusações de espionagem, apresentou esta quinta-feira em França uma queixa por difamação contra o consórcio de jornalistas Forbidden Stories e a Amnistia Internacional, que colaborou na investigação internacional.

Hoje, a Amnistia Internacional, citando o The Washington Post, reportou que os telefones de 14 chefes de Estado e Governo e centenas de funcionários de governos poderão ter sido espiados pelo software Pegasus.

Segundo um comunicado da AI, o The Washington Post, que também faz parte do consórcio jornalístico que investiga o caso, revelou que os números de telefone de 14 chefes de Estado e de Governo foram incluídos numa lista como pessoas de interesse pelos clientes da empresa NSO Group.

Para além do Presidente francês, esta lista inclui o rei de Marrocos, Mohammed VI, o Presidente iraquiano, Barham Salih, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, e o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly.

Também estão incluídos o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, o primeiro-ministro marroquino, Saad-Eddine El Ohtmani, o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, o primeiro-ministro do Uganda, Ruhakana Rugunda, e o primeiro-ministro belga, Charles Michel.

A lista continha números de telefone de mais de 600 funcionários de Governos e políticos de 34 países.

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